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Alemanha busca mão de obra no sul da Europa

1 de fevereiro de 2020

Chefe da agência de migração alemã diz que país deve tentar atrair trabalhadores qualificados de outras regiões europeias, uma vez que boa parte dos refugiados não possui formação profissional.

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Governo alemão colocará em prática lei que facilitará aos estrangeiros qualificados conseguir trabalho no país
Governo alemão colocará em prática lei que facilitará aos estrangeiros qualificados conseguir trabalho no paísFoto: Imago Images/photothek/T. Trutschel

Hans-Eckhard Sommer, chefe do Departamento Federal para Migração e Refugiados da Alemanha (Bamf), afirmou que a integração dos refugiados no mercado de trabalho é uma tarefa difícil e disse que o país deve tentar atrair trabalhadores qualificados do sul da Europa.

Em entrevista publicada neste sábado (01/02) no jornal alemão Rheinische Post, Sommer afirmou que o Bamf sempre teve conhecimento de que entre os refugiados que chegam à Alemanha há poucos trabalhadores qualificados, acrescentando que 17% dos que frequentam os cursos de integração oferecidos pelo órgão são analfabetos.

O chefe do Bamf afirmou que, em contrapartida, há muitos jovens com boa formação no sul europeu que seriam bem mais fácil de serem integrados. "Acho que deveríamos nos concentrar mais em recrutar profissionais da Europa", disse.

Sommer, porém, afirmou que os refugiados que se inscrevem em cursos de alfabetização são bastante dedicados aos estudos. Em torno de 13% dos que nunca aprenderam a ler e escrever conseguiram atingir um nível intermediário de fluência no idioma alemão, que corresponde ao sexto ano de escola.

Ele ainda alertou contra o recrutamento em massa de mão de obra qualificada vinda de países em desenvolvimento, que poderia gerar uma "fuga de cérebros" e criar obstáculos para o crescimento econômico. Ao contrário, ele disse que a Alemanha deveria incentivar a educação e a geração de emprego nessas regiões.

Hans-Eckhard Sommer, chefe do Departamento Federal para Migração e Refugiados da Alemanha (Bamf)
Hans-Eckhard Sommer, chefe do Departamento Federal para Migração e Refugiados da Alemanha (Bamf)Foto: picture-alliance/AP/M. Sohn

"Se não apoiarmos o desenvolvimento nesses países, corremos o risco de nós mesmos criarmos o próximo grupo de refugiados", observou.

No dia 1º de março, o governo alemão colocará em prática uma lei que facilitará aos estrangeiros qualificados conseguir trabalho no país. A legislação da União Europeia (UE) não impõe barreiras legais para os cidadãos europeus poderem trabalhar nos 27 países do bloco.

RC/afp/dpa/epd/kna

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