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Alemanha classifica Bélgica e Islândia como áreas de risco

1 de outubro de 2020

Berlim classifica mais 11 regiões e países europeus como de alto risco de contaminação e passará a avaliar individualmente as nações de fora da UE. Brasil continua a ser classificado como inseguro.

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Alemanha avaliará caso a caso os riscos de viagens para países de fora da UE
Alemanha avaliará caso a caso os riscos de viagens para países de fora da UE Foto: Getty Images/T. Lohnes

O governo da Alemanha removeu nesta quarta-feira (30/09) um alerta geral contra viagens para 160 países fora da União Europeia (UE), ao mesmo tempo em que classificou outras 11 regiões da Europa como áreas de alto risco de contaminação pelo novo coronavírus. A partir de agora, os riscos de viagens para países fora da UE serão avaliados caso a caso.

No caso do Brasil, uma das nações mais afetadas pela pandemia em todo o mundo, nada mudou. O governo alemão manteve o alerta para viagens não essenciais para o país sul-americano, que registra 4,8 milhões de casos e mais de 143 mil mortes em razão da doença.

Já na Europa, os alertas do governo alemão passaram a considerar como de alto risco a totalidade da Bélgica, da Islândia, do País de Gales e da Irlanda do Norte. Esta foi a primeira vez, desde o início da pandemia, que os alertas divulgados pelo Instituto Robert Koch de controle e prevenção de doenças incluem partes do Reino Unido.

As regiões francesas de Pays de la Loire e Borgonha também foram relacionadas na atualização, além de nações dos Báltico, como a Lituânia e a Estônia. Também passaram a integrar a lista algumas regiões da Irlanda, da Croácia, da Eslovênia, da Hungria e da Romênia.

Com a atualização do governo alemão, 17 dos 27 Estados-membros da UE são considerados ao menos de modo parcial como de alto risco de contaminação, o que inclui Espanha, Luxemburgo, República Tcheca e quase toda a França.

Entre as nove nações do bloco europeu que não estão sob o alerta de viagens estão Grécia, Itália, Malta e Chipre. A Polônia é o único país vizinho da Alemanha que não consta na relação, apesar das preocupações com o aumento de casos de covid-19 em seu território.

Por outro lado, os alertas de viagens foram removidos para a região de Fribourg, na Suíça, e para os destinos turísticos de Zadar e Sibenik-Knin, na Croácia. 

A Alemanha também não recomenda viagens para cerca de 50 países em razão de restrições de entrada a seus cidadãos ou por proibições impostas pela UE. Um desses casos é a Tailândia, um destino turístico muito popular, que atualmente registra poucos casos de covid-19, mas onde a entrada de turistas estrangeiros está proibida para evitar possíveis contágios. Medidas semelhantes foram adotadas por Austrália, China, Canadá, Ruanda e Uruguai.

A Alemanha lançou os alertas internacionais de viagem em 17 de março, após o fechamento de várias fronteiras e da suspensão de inúmeros voos internacionais. No dia 15 de junho, o governo removeu as recomendações para a maioria dos países europeus.

A classificação de um país ou região de fora da UE como área de risco e os subsequentes alertas de viagens ocorrem quando o número de infecções supera a marca de 50 casos por 100 mil habitantes em um período de sete dias. Até o momento, mais de 130 países se enquadram nessa classificação, seja total ou parcialmente.

Apesar de a medida não significar uma proibição, ela tem o objetivo de influenciar as decisões das pessoas, principalmente os turistas, para que reavaliem seus planos de viagem. Os alertas, porém, permitem aos viajantes cancelar suas passagens e reservas gratuitamente. Quem viajar assim mesmo deve fazer um teste de covid-19 na volta e respeitar uma quarentena.

Merkel pede obediência às regras para evitar novo lockdown

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, renovou os pedidos para que a população adote as medidas para conter a disseminação do coronavírus, de modo a evitar um segundo lockdown no país.

Em discurso no Bundestag (Parlamento alemão), ela disse que compreende o incômodo gerado pelas medidas de distanciamento social, reforçadas pelo governo federal e pelos estados nesta semana. "Sinto a mesma coisa", afirmou. "O que sinto mais falta são os encontros espontâneos."

Ela também disse compreender porque muitas pessoas, "especialmente os jovens", passaram a desobedecer cada vez mais os limites de reuniões em público. "Todos queremos nossas vidas normais de volta, mas arriscamos perder tudo o que conquistamos", acrescentou. "Queremos que a economia se recupere; que os artistas possam voltar a se apresentar em público."

"Todas as regras serão inúteis se as pessoas não as seguirem. Esta é uma corrida de longa distância, temos um longo caminho a percorrer", observou. "Não se trata de proteger apenas os mais velhos e os vulneráveis, mas de proteger nossa sociedade livre e aberta."

RC/rtr/dpa/dw