Os medos dos alemães
7 de setembro de 2008A preocupação com a alta dos preços de alimentos e do custo de vida é a mais aguda entre mais de três quartos dos consumidores entrevistados – a maior percentagem desde que a companhia de seguros R+V começou a pesquisar os medos dos alemães, em 1991.
Conforme o medo da alta do custo de vida aumenta, diminui a confiança na economia alemã. Cerca de 58% dos entrevistados acreditam que a economia esteja piorando.
O medo da inflação lidera o estudo periódico da R+V durante muitos anos. Em 2008, 76% dos 2.400 participantes disseram que o aumento de preços era a coisa que mais lhes preocupava. No ano anterior, 66% a colocaram no topo da lista.
Embora o medo de guerras e terrorismo tenha diminuído de 50% para 41% dos entrevistados, do ano anterior para 2008, a preocupação com catástrofes naturais foi elevada.
Prospectos econômicos são azedos
Especificamente, as pessoas estão mais preocupadas com os preços dos alimentos e de energia, o que afetou diretamente sua opinião sobre a economia, concluiu o estudo.
Os alemães acham que a economia se deteriorou, embora na realidade ela esteja em relativa boa forma, de acordo com Manfred Schmidt, da Universidade de Heidelberg.
"O medo profundo da inflação foi alimentado, e os medos do futuro foram despertados", observou Schmidt.
Idade avançada e doenças também preocupam
De acordo com Schmidt, os medos com relação ao futuro explicam por que o número de pessoas que temem perder seu padrão de vida quando estiverem mais velhos aumentou em três pontos percentuais, subindo para 41% neste ano.
Além disso, "fortes chuvas, enchentes e tempestades de granizo mantêm o medo que os alemães têm de catástrofes naturais em alta", revelou o estudo.
Outros temas que estão tirando o sono dos alemães são a velhice, doença e tratamento médico domiciliar. Mais da metade dos entrevistados se manifestou preocupada com a necessidade de cuidados médicos em casa ou de ficarem seriamente doentes.