A CRISE FINANCEIRA NORTE-AMERICANA (2)
4 de outubro de 2008De forma alguma outros países devem contribuir para o fundo de salvação dos bancos norte-americanos, especialmente os países que, como o Brasil, já contribuíram, através do pagamento de juros escorchantes de suas dívidas externas, para a opulência financeira e o consumo insano dos norte-americanos, entre outros. Muitas vidas já foram dadas como contribuição através da miséria e da fome do povo pobre. Muitos sonhos tivemos que abandonar ou adiar por falta de recursos. [...]
David Gorgues
A revista The Economist menciona uma certa schadenfreude [alegria com a desgraça alheia, em tradução livre] por parte da Europa (http://www.economist.com/world/europe/displayStory.cfm?story_id=12331667&source=features_box1). Entretanto, há um esquecimento da responsabilidade da mídia especializada em economia nos Estados Unidos em advertir os milhões de norte-americanos que entraram de gaiatos nessa especulação hipotecária de que havia algo fundamentalmente inconsistente no modelo de negócios que ora vigorava. Por isso mesmo, lamento profundamente pelos milhões de americanos que se deixaram encrencar nas hipotecas... [...]
Lyndon C. Storch Jr.
Crise não é como antigamente. Para um país em "profunda crise...", não é nada mau, principalmente sabendo que esses recursos representam um quinto do orçamento fiscal e anual norte-americano. É uma crise em que não se renuncia nada de despesas e de endividamento, com juros negativos. Vai ficar na história essa nova definição de crise. E o outro pacote é de 700 bilhões de dólares, fora o que já se gastou. [...]
João da Rocha
Por incrível que possa parecer neste momento, é fundamental a ajuda estatal a bancos privados. Sem essa ajuda o desajuste na economia seria impossível de ser controlado. No Governo Fernando Henrique aqui no Brasil houve um programa chamado PROER, que atuou dessa maneira e salvou a economia brasileira de uma catástrofe financeira. No que pese ter sido muito criticado na época, esta foi a única e necessária operação. Isso aconteceu no Brasil, e hoje será necessário que se faça isso nos EUA e em outros países que aderiram ao mesmo esquema de financiamentos e criação de ativos, ou até em níveis mundiais/globais.
José Piacsek Neto
AS DIFICULDADES DE TRADUZIR MACHADO DE ASSIS
Katja Foerth de Araújo
RELAÇÃO RÚSSIA X OCIDENTE
A relação entre quaisquer nações é, sempre foi e sempre será no campo comercial, ou seja, interesses mútuos. Entre a Rússia e o Ocidente não seria diferente. Se pensarmos em termos de distância física entre a Europa e a Rússia e esta última e os Estados Unidos, verifica-se que a Europa precisa ter mais tato no tratamento com sua tão temida vizinha. Não consigo parar de pensar que a desculpa para a instalação do escudo antimísseis na Europa não é nada mais que obrigar os russos, em caso de conflito, a ter duas frentes de guerra – A Europa e os Estados Unidos. [...]
Samuel Haddad Carvalho