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1979: Criada Unidade Monetária Europeia, precursora do euro

Gerda Gericke (rw)

Em 13 de março de 1979 foi criado o ECU, média ponderada de 12 moedas da então Comunidade Europeia. Utilizado inicialmente apenas em transações comerciais e financeiras, foi substituído pelo euro em janeiro de 1999.

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Römische Verträge - Unterzeichnung - Europa
Assinatura do Tratado de Roma, em 25 de março de 1957 Foto: picture-alliance/dpa/fotomil

O ECU (European Currency Unit) nasceu com a instauração do Sistema Monetário Europeu. A unidade monetária era formada pela soma de quantidades fixas de 12 das 15 moedas da Comunidade Europeia, que mais tarde se transformaria em União Europeia.

O valor da unidade monetária foi estipulado conforme a importância relativa do Produto Interno Bruto do país e sua cota-parte no comércio exterior da comunidade de nações.

No dia em que a unidade monetária começou a vigorar, o escultor berlinense Werner Schwab passou a assinar suas obras com outro nome: Wynnie ECU. O artista alemão, testemunha do medo e da miséria durante a Segunda Guerra Mundial, viu no novo símbolo monetário um passo certo em direção a uma Europa unida e pacífica.

Controlar oscilações

As expectativas naquele 13 de março de 1979 eram enormes. O economista berlinense Albrecht Sommer fala da situação: "Até a crise do petróleo e os altos índices inflacionários de 1973, tínhamos um sistema de câmbio efetivo entre praticamente todas as moedas do mundo. Isso levou os europeus a quererem limitar as oscilações cambiais, criando um sistema monetário de transição até a moeda única".

No princípio foram sete os países a adotar o novo sistema. Com o passar do tempo, o número elevou-se para 12. Até ser substituído pelo euro como moeda de pagamento, em janeiro de 1999, o ECU era utilizado apenas em transações comerciais e financeiras, não existindo em papel-moeda.

O objetivo de garantir maior segurança monetária na Europa não foi completamente alcançado pelo ECU, na opinião de Sommer. Embora tenha controlado as oscilações dos valores das moedas dos diversos países durante oito anos e garantido certo equilíbrio nas taxas de inflação entre seus membros, a unidade comum também enfrentou crises.

E não foram poucas: por exemplo, a expulsão da Itália do sistema por causa da instabilidade da lira, a curta permanência do Reino Unido no grupo, ou a mudança das regras especialmente para evitar que a França, uma das idealizadoras do ECU, fosse obrigada a sair do sistema.

O mesmo não aconteceu ao euro – que entrou em circulação como moeda comum em janeiro de 2002 – por um motivo, acredita Sommer: a existência de um banco central. "Não só o fato de o euro circular em cédulas e moedas garante seu sucesso, também o apoio de uma política clara e independente, seu banco central, com uma presidência, são bases para seu êxito", opina o economista berlinense.

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