1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Presidente guineense prossegue remodelação governamental

Lusa | ms
28 de janeiro de 2022

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, continua a fazer mudanças no Executivo e nomeou agora um novo secretário de Estado da Ordem Pública. Mas há partidos que não concordam com esta remodelação "unilateral".

https://p.dw.com/p/46D59
Foto: AFP

"É o senhor Augusto Kabi nomeado secretário de Estado da Ordem Pública", pode ler-se no decreto divulgado na quinta-feira (27.01), que é acompanhado de um outro com a nova orgânica do Governo e que passa a incluir a Secretaria de Estado da Ordem Pública.

Augusto Kabi é um dirigente do Partido de Renovação Social (PRS), que faz parte da coligação no Governo, juntamente com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), formação política liderada pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

Na quinta-feira (27.01), a APU-PDGB acusou Umaro Sissoco Embaló de "decisões e violações unilaterais e sistemáticas", como é o caso da recente remodelação governamental, que não partiu da iniciativa do primeiro-ministro, líder do partido.

"A APU-PDGB responsabiliza o senhor Presidente da República pelas futuras consequências que poderão advir dessas decisões e violações unilaterais e sistemáticas, sem respeito com os compromissos políticos assumidos, quando da formação do atual Governo, cujo objetivo principal seria garantir a estabilidade sociopolítica do país", salientou o partido do primeiro-ministro, num comunicado hoje divulgado.

Nuno Gomes Nabiam, primeiro-ministro da Guiné-Bissau
Nuno Gomes Nabiam, primeiro-ministro da Guiné-BissauFoto: Braima Darame/DW

"Política de traição, paga-se caro"

"Informa-se a opinião pública nacional e internacional e os partidos políticos parceiros da coligação que a iniciativa de remodelação governamental não partiu de sua excelência engenheiro Nuno Gomes Nabiam, primeiro-ministro", pode ler-se no comunicado de cinco pontos da APU-PDGB.

A APU-PDGB alerta também que a "política de traição, paga-se caro" e tem sido "fator das principais desavenças e consequentes instabilidades governativas que assolam o país".

O chefe de Estado da Guiné-Bissau divulgou esta quarta-feira (26.01) uma série de decretos presidenciais a anunciar uma remodelação governamental, após ter ouvido o Governo.

A nova orgânica do Governo passou a contar com 22 ministérios e nove secretarias de Estado.

A tomada de posse dos novos membros do Governo está prevista para esta sexta-feira (28.01), no Palácio da Presidência, em Bissau.

Bissau: Qual a perspetiva da liberdade de imprensa em 2022?