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Moçambique: ONG aponta problemas ao recenseamento eleitoral

Lusa
5 de junho de 2023

Segundo o Centro de Integridade Pública, "milhares de potenciais eleitores" não conseguiram recensear-se, em distritos do centro e norte do país, para as autárquicas de outubro, cujo recenseamento terminou no sábado.

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Foto: Arcénio Sebastião/DW

De acordo com a organização não-governamental (ONG) moçambicana, que participa na observação eleitoral, apesar de o recenseamento para as autárquicas de 11 de outubro ter sido estendido até à meia-noite do último sábado (03.06) , "muitos postos dos distritos dominados pela oposição" encerraram mais cedo devido a alegados problemas técnicos.

O Centro de Integridade Pública (CIP) considerou que "o último dia de recenseamento confirmou que as avarias das máquinas são realmente manipuladas", reiterando acusações feitas noutros comunicados em relação a diversos problemas registados nos postos de recenseamento.

Os mais afetados por estas dificuldades foram os distritos autárquicos de Gurué, Milange e Alto Molócue na província da Zambézia; Marromeu, Caia, Nhamatanda e Beira em Sofala; Mandimba e Cuamba no Niassa e todos os distritos de Nampula.

Inscritos não receberam cartão de eleitor

Por seu lado, o Consórcio Eleitoral Mais Integridade, que agrega organizações envolvidas na observação do processo eleitoral, alertou para o facto de "milhares de cidadãos inscritos” não terem recebido cartão de eleitor.

"Milhares de cidadãos que saíram das suas casas e permaneceram horas a fio em filas, por vezes durante vários dias seguidos, veem-se em risco de não poderem usufruir do seu direito constitucional por falta de entrega dos cartões”, referiu em comunicado.

Os observadores apelam à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para que "identifique as brigadas que não emitiram todos os cartões dos eleitores por elas inscritos e crie urgentemente as condições técnicas, materiais e logísticas para que eles sejam impressos e entregues”.

O recenseamento eleitoral decorreu entre 20 de abril a 03 de junho com o objetivo de registar cerca de 10 milhões de eleitores.

Apesar das queixas dos partidos da oposição, Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) - que tinham pedido mais dias de recenseamento -, a CNE anunciou no sábado que o total de eleitores recenseados são suficientes para a realização de eleições credíveis.

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