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Da autoria de Emília Salomão, é o primeiro livro de educação ambiental dedicado a crianças no país. Os mais pequenos dão vida à obra em peças de teatro.
Costuma-se dizer que de pequenino se torce o pepino e o ditado popular também se aplica à proteção do ambiente.
Segundo especialistas, quanto mais cedo o tema for abordado com os petizes, maiores são as chances de despertar a consciência pela preservação da natureza. Quem aprende a proteger o meio ambiente desde pequeno, tem mais probabilidade de se tornar num adulto atento e respeitador dos recursos naturais.
Pelo que, a educação para uma vida sustentável deve começar já na pré-escola, de acordo com o Centro Terra Viva (CTV), organização não-governamental moçambicana de defesa do meio ambiente.
“Há ainda um grande défice de conhecimento [sobre questões ambientais], no público em geral, é por isso que estamos a fazer este esforço para, junto das escolas e das crianças, passarmos material e informação sobre boas práticas de uso e gestão de recursos do ambiente, para alargarmos o leque de pessoas, no país, que tem conhecimento sobre como agir corretamente para a proteção do ambiente”, explica Alda Salomão, diretora-geral do CTV.
A proteção do ambiente urge, pois a natureza está em processo acelerado de degradação devido à ação humana, alertam ambientalistas moçambicanos.
Ecologia em banda desenhada e teatro
A pensar no despertar das crianças para a necessidade de proteger o ambiente, o CTV lançou, recentemente, a obra "Contos ambientais", de Emília Salomão.
Em forma de banda desenhada, o livro que compila 20 histórias foi publicado a título póstumo, após o falecimento da antiga colaboradora do CTV.
"Contos ambientais", de Emília Salomão, é o primeiro livro para crianças em Moçambique dedicado à educação para o ambiente
Os "Contos ambientais" foram apresentados, recentemente, em peça de teatro infantil, uma forma criativa e interativa de transmitir uma mensagem amiga da natureza tanto a miúdos como a graúdos.
O livro “fala sobre o quanto é importante cuidarmos das florestas, fala das tartarugas que viajam e não param de viajar pelo mar fora”, descreve com entusiasmo a professora Cristina Louro, que não se cansa de apresentar o livro à pequenada.
Mais ambiente nas escolas
Nas escolas públicas moçambicanas, onde estuda a maioria das crianças, muito pouco se fala ainda sobre a preservação do meio ambeinte, situação que Alda Salomão, da organização CTV, quer ver alterada.