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Alemanha: Merkel e SPD discutem novo Governo

Lusa | DPA | Reuters | AFP | mjp
8 de janeiro de 2018

De volta à mesa de negociações. Começaram este domingo novas conversações para formar Governo na Alemanha, após o fracasso dos primeiros contactos. Conservadores e sociais-democratas prometem "uma nova política".

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Chanceler alemã, Angela Merkel, e líder dos sociais-democratas, Martin SchulzFoto: Reuters/H. Hanschke

No final do primeiro dia de discussões, em Berlim, o secretário-geral do Partido Social-Democrata (SPD) destacou a necessidade de mudança.

"Não podemos simplesmente continuar como antes. Os tempos mudaram e esta nova época apela a uma nova política", disse Lars Klingbeil no domingo (07.01).

O resultado das últimas eleições legislativas na Alemanha - marcadas pela vitória da União Democrata-Cristã (CDU), de Angela Merkel, e pelo avanço da extrema-direita e recuo dos partidos estabelecidos - não permitiu a formação de uma maioria clara no Parlamento, o Bundestag.

Por isso, Merkel tentou aliar-se ao Partido liberal (FDP) e aos Verdes - sem sucesso. Agora, para garantir uma coligação maioritária, aúnica possibilidade que resta à chanceler, no poder há 12 anos, é juntar-se aos sociais-democratas, com quem já governou no anterior Executivo.

Deutschland Beginn der Sondierungen von Union und SPD
Secretário-geral do SPD, Lars Klingbeil, falou a jornalistas no domingo (07.01).Foto: picture-alliance/dpa/J. Carstensen

Negociações difíceis

Angela Merkel mostrou-se otimista, no arranque das negociações. Diz, no entanto, que há "muito trabalho pela frente nos próximos dias".

"Estamos dispostos a aceitar este trabalho e a chegar a um bom resultado", assegurou.

As negociações prevêem-se particularmente difíceis, sobretudo devido às divergências sobre a política migratória ou a Europa entre os aliados conservadores de Merkel na Baviera, a União Social-Cristã (CSU), e o SPD. 

A CSU já está a preparar um escrutínio regional em outubro e teme perder a maioria absoluta devido ao aumento da popularidade do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). Por isso, os conservadores bávaros pedem o endurecimento da política de acolhimento aos requerentes de asilo. O SPD defende, porém, uma abordagem mais moderada.

Apesar do mau resultado histórico nas eleições de setembro, o líder dos sociais-democratas, Martin Schulz, pretende "implementar o máximo de políticas vermelhas possíveis" se regressar ao Governo. Vermelho é a cor do SPD.

Se a CDU e a CSU não conseguirem chegar a acordo com os sociais-democratas, a Alemanha poderá ter de marcar novas eleições legislativas. A primeira fase das negociações deverá prolongar-se até quinta-feira.