Uma bicampeã, uma surpresa e um morto na Maratona de Berlim
29 de setembro de 2002A conquista foi mais tranqüila que o esperado. A principal concorrente, Adriana Fernandez, não conseguiu mais acompanhar Takahashi a partir de metade da prova. A mexicana de 31 anos recupera-se fisicamente ainda de uma gravidez. A japonesa de 30 anos confessa: "Até o quilômetro 25, me mantive cautelosa, pois não me sentia muito bem. Depois fiquei mais rápida." Três quilômetros depois, Fernandez ficara para trás.
No masculino, a 29ª Maratona de Berlim teve de novo uma surpresa. O queniano Raymond Kipkoech desbancou os favoritos, seus conterrâneos Simon Biwott e Vicent Kipsos. Após manter-se discretamente no grupo de líderes durante toda a corrida, o rapaz de 22 anos disparou nos metros finais e cruzou a linha de chegada em 2h06min47s, quatro minutos a menos do que seu até então melhor tempo, mas 1min09s acima do recorde mundial do americano Khalid Khannouchi. A melhor marca em Berlim permanece sendo a do brasileiro Ronaldo da Costa em 1998: 2h06min05s.
A festa na capital alemã foi chamuscada pela primeira morte de um competidor em três anos. Pouco antes da chegada, um homem de 40 anos aproximadamente desfaleceu. Médicos ainda tentaram em vão reanimar o corredor, que supõe-se ter sofrido um infarto do coração. Melhor sorte teve um francês de 55 anos, que teve um colapso circulatório, mas foi reanimado e passa bem no hospital. Entre os patinadores inline, uma colisão com 20 participantes resultou no fim da prova para apenas um deles, devido a uma fratura.
Na competição em cadeira de rodas, dois corredores suíços festejaram o primeiro lugar: Edith Hunkeler (feminino) e Heinz Frey (masculino). Esta foi a 15ª vitória de Frey numa maratona para cadeirantes, a 12ª consecutiva.