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Rei da Espanha encarrega líder socialista de formar governo

2 de fevereiro de 2016

Depois do fracasso de Mariano Rajoy, Felipe 6º encarrega Pedro Sánchez de formar um novo governo para o país. Tarefa, porém, não é fácil.

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Secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, foi encarregado pelo rei Felipe 6º de formar novo governoFoto: Getty Images/AFP/J. Soriano

O rei da Espanha, Felipe 6º, incumbiu nesta terça-feira (02/02) o líder socialista Pedro Sánchez da formação de um novo governo. Com isso, abre-se um período de negociação para que o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) tente obter uma maioria parlamentar.

O presidente do Congresso dos Deputados (Parlamento espanhol), o socialista Patxi López, comunicou a decisão do rei, tomada após uma segunda rodada de consultas com os líderes das formações partidárias com assentos parlamentares.

López explicou que o rei ligou para o líder socialista para informá-lo de que é o novo candidato a presidente do governo, depois de o presidente interino do governo, o conservador Mariano Rajoy, ter comunicado que carece de apoio dentro do Congresso.

Sánchez e o PSOE terão de fazer acordos para chegar a uma maioria no Parlamento que lhes permita contornar – numa primeira ou em votações sucessivas – um voto contrário quase certo do Partido Popular (PP), de Rajoy. Sánchez rejeitou anteriormente formar uma ampla coalizão com os conservadores.

O líder da legenda antiausteridade Podemos, Pablo Iglesias, reiterou nesta terça-feira sua proposta de um governo de coalizão com o PSOE, mas criticou a falta de resposta do secretário-geral socialista, afirmando que lhe parece que ambos "se comunicam pela imprensa".

"Não entendo que alguns apostem na ambiguidade e na hipocrisia. Pedro Sánchez está há dez dias sem responder à nossa proposta de governo e há 30 dias esperando por Rajoy. Nesse ritmo teremos cabelos brancos antes de formarmos um governo. Continuamos com a mão estendida", disse.

Iglesias propõe uma ampla coalizão entre o PSOE, o Podemos e a Esquerda Unida – aliança que, porém, não alcançaria a maioria parlamentar, precisando assim do apoio de diversas siglas nacionalistas e de outros partidos menores em cada votação. Já o Ciudadanos rejeita participar de um governo com o Podemos, e o PP rejeita qualquer formação que não tenha Rajoy à frente do governo.

A Espanha tenta definir seu novo chefe de governo desde as eleições de 20 de dezembro, quando o PP foi a legenda mais votada, mas não conseguiu a maioria absoluta. O PP conquistou 123 deputados no Parlamento de 350 assentos, 53 a menos que o necessário. O PSOE elegeu 90 parlamentares e o Podemos conquistou 69 assentos.

PV/dpa/lusa/efe