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Rússia proíbe políticos europeus de entrar no país

30 de maio de 2015

Moscou divulga lista de europeus que estão proibidos de entrar em território russo. Documento com 89 nomes foi enviado a embaixadas. Para líderes europeus, proibição é resposta às sanções contra a Rússia.

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Foto: picture-alliance/dpa

O governo russo expediu uma lista com nomes de políticos europeus proibidos de entrar no país. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, revelou nesta sexta-feira (29/05) que o documento foi enviado às respectivas embaixadas. O documento inclui três parlamentares holandeses, sendo um deles representante do país no Parlamento europeu.

Para o premiê, as proibições de viagem são uma resposta de Moscou às sanções que lhes foram impostas pela União Europeia, após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e o presumível envolvimento do Kremlin na crise ucraniana. Rutte declarou que a Holanda rejeita a ação russa, a qual, além de não ser foi baseada no direito internacional, não é transparente, não podendo ser disputada numa corte internacional.

Segundo o ministro belga do Exterior, Didier Reynders, a lista contém 89 nomes. Um porta-voz do serviço diplomático da União Europeia (UE) confirmou que Moscou já havia proibido a entrada de vários políticos europeus no país, mas se recusava a divulgar uma lista com os nomes dos atingidos pela proibição.

Da lista constam oito parlamentares da Alemanha, segundo noticiaram os jornais alemães Bild e Frankfurter Allgemeine Zeitung. Em nota, o Ministério do Exterior da Alemanha pediu à Rússia "transparência" e "legalidade". O governo alemão solicita ainda que as pessoas incluídas no documento sejam "imediatamente informadas", também para que possam tomar medidas legais.

O ministério ressaltou que espera a revogação da proibição de entrada na Rússia para o parlamentar Karl-Georg Wellmann, da União Democrata Cristã (CDU), que em 24 de maio teve barrado seu ingresso, já no aeroporto de Moscou, além de ser informado que não poderá voltar ao país até 2019.

Wellmann é o presidente da comissão parlamentar teuto-ucraniana e em diversos momentos criticou a posição russa no conflito na Ucrânia. Ele fora à capital russa com o fim de travar conversas políticas.

CN/rtr/dpa/afp