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Merkel e Schulz travam "debate indireto" na TV

27 de agosto de 2017

Candidatos concedem entrevistas paralelas na TV. Chanceler fala em investir mais na educação enquanto oponente social-democrata parte para o ataque.

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Frankreich Angela Merkel und Martin Schulz in Verdun
Foto: Getty Images/S. Gallup

A menos de um mês da eleição federal alemã, a chanceler federal e candidata à reeleição Angela Merkel e seu principal oponente, o socialdemocrata Martin Schulz, travaram neste domingo (27/08) uma espécie de debate indireto ao concederem entrevistas paralelas a dois canais de TV locais. Foi uma espécie de aperitivo para o verdadeiro debate, que está previsto para 3 de agosto.

Merkel, que está à frente nas pesquisas – algumas apontam que sua liderança alcança 16 pontos percentuais -, disse à rede ZDF que quer continuar a governar a Alemanha para ajudar a melhorar a riqueza e segurança de seus habitantes, além de fortalecer a solidariedade entre diferentes setores da sociedade. Sem correr riscos na entrevista, ela também falou em investir mais em educação na promoção de carros elétricos.

Leia a cobertura completa sobre a eleição na Alemanha em 2017

Ela também evitou citar seu principal oponente, repetindo mais uma vez a estratégia que tem sido usada pela sua campanha: ignorar Schulz. Apenas em um momento, quando perguntada pelos entrevistadores sobre as críticas feitas recentemente pelo socialdemocrata, ela citou Schulz. "Estou feliz em servir como chanceler federal e por isso estou competindo com Martin Schulz", disse ela.

Ataques

Já Schulz, que concedeu entrevista em um estúdio da ARD a menos de um quilômetro de onde Merkel falava com jornalistas, assumiu uma postura mais agressiva. Ele afirmou que o comportamento de Merkel lhe trouxe lembranças sobre os últimos anos de Helmut Kohl à frente da chancelaria federal no final dos anos 1990.

Segundo Schulz, o antigo padrinho político de Merkel, havia se isolado dos eleitores em seu quarto mandato. "Mais e mais pessoas estão notando o quão distante ela é. Esse tipo de distanciamento vai mobilizar meus eleitores", disse. 

Ele também afirmou que os conservadores democratas-cristãos de Merkel simplesmente têm feito uma campanha personalista no estilo "nós temos Angela Merkel e isso é suficiente para o futuro", sem apresentar outras ideias e planos.

Ele também acusou a campanha da chanceler federal de usar a estrutura de transporte e segurança do governo federal para fazer campanha pela Alemanha apenas pagando uma fração dos preços praticados pelo mercado. "Ela está usando a infraestrutura do Estado para voar para seus eventos de campanha por um preço de barganha", disse.

Schulz também rejeitou a possibilidade de seu partido continuar em uma coalizão com Merkel pelos próximos quatro anos. "Eu não quero continuar em uma grande coalizão."

Ex-presidente do Parlamento Europeu, Schulz tem redobrado às críticas a Merkel nas últimas semanas para tentar diminuir sua desvantagem em relação à chanceler federal que comanda a Alemanha desde 2005. Nesta semana, uma pesquisa apontou que o partido de Merkel conta com 38% das intenções de voto, contra 22% dos sociais-democratas de Schulz. 

JPS/rtr/dpa