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Klinsmann define hierarquia dos goleiros

Geraldo Hoffmann24 de junho de 2005

Seleção alemã tem o luxo de ter três goleiros de primeira classe. Depois de meses de suspense, encenação e até intrigas, técnico alemão garante a camisa de número 1 para o experiente Oliver Kahn.

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Oliver Kahn, do Bayern de Munique garante a número 1 na seleçãoFoto: AP

O técnico da seleção alemã, Jürgen Klinsmann, parece ter trazido dos Estados Unidos – onde mora – uma certa tendência à encenação dramática. No empate de 2 a 2 com a Argentina (21/06) em Colônia, ele parecia querer dar uma nova resposta a uma velha questão: Hildebrand, de 26 anos, defendeu a meta alemã por 90 minutos, em vez dos veteranos Kahn (36) e Lehmann (35).

A explicação de Klinsmann foi simples. Pelo princípio da rotatividade no gol, chegara a vez do goleiro do Stuttgart, que teria evoluído muito nos treinos da seleção. Mas para evitar uma nova onda de especulações e intrigas, no dia seguinte, ele mostrou o lugar dos desafiantes: "Kahn é o número um, Lehman é o segundo, e Hildebrand, o terceiro goleiro", afirmou o técnico.

Kombo Oliver Kahn Timo Hildebrand Jens Lehmann
Kahn, Hildebrand e Lehmann: Alemanha tem goleiro de sobraFoto: dpa

Lehmann menos vazado

Pelo menos estatisticamente, Jens Lehmann é o vencedor da rotatividade dos goleiros, introduzida por Klinsmann. Nas seis partidas em que o arqueiro do Arsenal de Londres esteve no gol na era Klinsmann, a Alemanha contabilizou cinco vitórias e um empate. Com Oliver Kahn, do Bayern de Munique, a equipe teve um saldo de quatro vitórias, dois empates e uma derrota.

Nos últimos 495 minutos em que defendeu a seleção, Lehmann tomou três gols; em média, um a cada 165 minutos. Kahn levou dez gols em 585 minutos de atuação – média de um gol a cada 58,5 minutos. Hildebrand tomou três em dois jogos (180 minutos).

"Fenômeno médico"

Kahn costuma ficar "doente" quando seu rival joga. Ele esteve no banco em apenas cinco das 24 partidas em Lehmann foi escalado até hoje, o que já é considerado "um fenômeno médico". E, pelo jeito, as "dores" provocadas pela rotatividade no gol da Alemanha devem continuar, mesmo depois da definição da hierarquia dos goleiros.

Na semifinal deste sábado (25/06) contra o Brasil, Lehmann volta a defender a equipe anfitriã. Na final ou na disputa pelo terceiro lugar da Copa das Confederações será novamente a vez de Kahn, que foi eleito melhor goleiro na Copa de 2002 no Japão e na Coréia do Sul.

Chances para outros

Fußball Bundesliga Stars VfL Wolfsburg Simon jentzsch
Simon Jentzsch, goleiro do Wolfsburg ainda tem esperanças de ser convocado

Klinsmann insinuou também que outros goleiros ainda podem alimentar esperanças de defender a Alemanha na Copa 2006. "Não se sabe o que ainda pode acontecer no ano que vem", justificou. Principalmente Frank Rost (do Schalke), Roman Weidenfeller (Borussia Dortmund) e Simon Jentzsch (Wolfsburg) ainda acreditam nas chances de aparecer na lista dos convocados para o Mundial.

Independentemente do desfecho que tiver o duelo pela camisa número 1 da Alemanha, o país organizador da Copa pode ficar tranqüilo quanto ao seu guarda-meta. O mesmo ainda não se pode dizer do meio-campo e do ataque, embora também estes apresentem uma surpreendente evolução no torneio intercontinental.