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Irã anuncia teste de mísseis um dia após represália dos EUA

4 de fevereiro de 2017

Nova série de exercícios militares tem como objetivo mostrar "total preparação para enfrentar ameaças e sanções humilhantes", diz Guarda Revolucionária. Na véspera, Washington impôs sanções por teste de míssil iraniano.

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Iran Test S-200 Rakete
Foto: picture alliance/AP Photo/A. Kholousi

Em meio a uma escalada da tensão entre Teerã e Washington, a Guarda Revolucionária do Irã anunciou neste sábado (04/02) o início de uma série de exercícios militares que inclui mísseis, um dia depois de os Estados Unidos terem imposto novas sanções em resposta ao teste de um míssil iraniano.

Segundo uma nota publicada no site oficial da Guarda Revolucionária, serão testados diferentes sistemas de radares, incluindo um capaz de detectar ameaças aéreas a uma distância de mais de mil quilômetros, além de três tipos de sistemas de mísseis de fabricação local e centros de comando.

Os exercícios militares – realizados numa área de 35 mil quilômetros quadrados na província de Semnan, no nordeste do país – têm como objetivo mostrar "a total preparação [do Irã] para enfrentar as ameaças" e lidar com as "humilhantes sanções" de Washington, acrescenta o comunicado.

No domingo passado, o Irã realizou um teste de míssil balístico de médio alcance que explodiu após percorrer mil quilômetros, o que irritou o governo americano. Como resposta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que o Irã "está brincando com fogo".

No mesmo dia, Washington anunciou a imposição de novas sanções econômicas ao país, que têm como alvos 13 indivíduos e 12 organizações envolvidos com o programa iraniano de mísseis ou que apoiam a Força Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária iraniana.

"O contínuo apoio do Irã ao terrorismo e o desenvolvimento de seu programa de mísseis representam uma ameaça à região, aos nossos parceiros no mundo todo e aos EUA", declarou John Smith, diretor interino responsável por sanções do Departamento do Tesouro, também na sexta-feira.

Em resposta, o ministro do Exterior do Irã, Mohammad Javad Zarif, defendeu o programa de mísseis do seu país e criticou Washington. "Nunca vamos usar nossas armas contra alguém, exceto em defesa própria. Vejamos se algum destes que se queixam pode dizer o mesmo", escreveu no Twitter.

Irã e Estados Unidos romperam relações diplomáticas após a Revolução Islâmica, em 1979. As novas sanções mantêm a postura já adotada no governo de Barack Obama em relação ao programa de mísseis balísticos do Irã e passam ao largo do acordo sobre o programa nuclear iraniano.

EK/afp/dpa/efe/dw