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EUA impõem sanções por teste de míssil iraniano

3 de fevereiro de 2017

Medidas atingem 25 indivíduos ou organizações que estão envolvidos no programa iraniano de mísseis e não afetam o acordo sobre o programa nuclear alcançado com Teerã.

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Membro da Guarda Revolucionária verifica um míssil balístico iraniano
Membro da Guarda Revolucionária verifica um míssil balístico iranianoFoto: picture-alliance/dpa/Iran defence ministry

Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira (03/02) sanções econômicas a um grupo de pessoas e organizações em resposta ao recente teste de um míssil balístico de médio alcance pelo Irã. As sanções têm como alvos 13 indivíduos e 12 organizações envolvidos com o programa iraniano de mísseis ou que apoiam a Força Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã.

"O contínuo apoio do Irã ao terrorismo e o desenvolvimento de seu programa de mísseis representam uma ameaça à região, aos nossos parceiros no mundo todo e aos EUA", afirmou John Smith, o diretor interino responsável por sanções do Departamento do Tesouro.

Entre os sancionados estão pessoas e grupos dos Emirados Árabes Unidos, do Líbano, da China e do Irã. Eles estão impedidos de realizar negócios nos Estados Unidos ou com cidadãos americanos e também de usar o sistema financeiro americano. Além disso, empresas e pessoas de outros países que fizerem negócios com eles correm o risco de também serem sancionados pelos Estados Unidos.

No domingo, o Irã realizou um teste de míssil balístico de médio alcance que explodiu após percorrer mil quilômetros. Como resposta, Trump afirmou nesta sexta-feira que o Irã "está brincando com fogo". Em mensagem em sua conta no Twitter, o presidente acusou o país de não mostrar reconhecimento pela "gentileza" do ex-presidente Barack Obama com o regime iraniano, numa referência ao acordo sobre o programa nuclear do país, alcançado com outros países, incluindo os Estados Unidos.

Na quinta-feira, o líder americano dissera, também no Twitter, que o Irã deveria estar "agradecido" pelo "espantoso" acordo nuclear alcançado e lembrou que o país foi posto "em aviso" pelo recente teste de um míssil de médio alcance. "O Irã foi formalmente colocado em aviso por disparar um míssil", escreveu Trump.

O ministro do Exterior do Irã, Mohammad Javad Zarif, defendeu o programa de mísseis do seu país e criticou os Estados Unidos. "Nunca vamos começar uma guerra, mas podemos contar apenas com nossos próprios meios de defesa", escreveu no Twitter. "Nunca vamos usar nossas armas contra alguém, exceto em defesa própria. Vejamos se algum destes que se queixam pode dizer o mesmo", afirmou Zarif.

Apesar das declarações de Trump, as novas sanções mantêm a postura já adotada no governo Obama em relação ao programa de mísseis balísticos do Irã e passam ao largo do acordo sobre o programa nuclear iraniano. Os alvos das sanções já haviam sido definidos há muito tempo, ainda na administração anterior, disseram funcionários do governo à agência de notícias AP.

Nenhuma das sanções anunciadas nesta sexta-feira reverte a suspensão de sanções anunciada como parte do acordo de 2015. O próprio Obama dissera que continuaria punindo o Irã por causa do programa de mísseis, do apoio ao terrorismo e dos abusos aos direitos humanos, o que de fato foi feito, em janeiro e março de 2016.

AS/efe/ap/dpa/rtr