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Desemprego tem aumento sazonal

(ns)6 de fevereiro de 2004

A Agência Federal do Trabalho tem um novo chefe: Frank Jürgen Weise. E a repartição tem uma nova forma de calcular o número de desempregados, que chegou a 4,597 milhões em janeiro.

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O novo homem à frente da Agência Federal do TrabalhoFoto: AP

Frank Jürgen Weise ainda era chefe interino da Agência Federal do Trabalho, quando anunciou, nesta quinta-feira (05) os dados referentes a janeiro. No dia seguinte, foi eleito seu presidente por unanimidade pelo conselho administrativo da repartição que tem milhares de funcionários.

Ele substitui Florian Gerster, que tentou modernizar a instituição, mas acabou sendo afastado. Mais pela resistência interna às reformas do que pelas suspeitas de fraudes em contratos com agências de consultoria.

Maior transparência

Os dados que Weise apresentou nesta sexta-feira (06) não são ruins. O número de desempregados aumentou em 282.300 pessoas em janeiro, em relação ao mês anterior, mas isso por efeito sazonal do inverno. Com isso, a taxa subiu para 11%.

Na comparação anual, porém, houve uma diminuição de 24.400. A oposição protestou, dizendo que o governo está manipulando as estatísticas. O ministro da Economia, Wolfgang Clement, no entanto, não se afobou, expondo que a forma de fazer a estatística na Alemanha teve que ser mudada. Motivo: equipar-se aos sistemas no exterior e garantir maior transparência.

Estatísticas causam confusão

A nova forma de calcular o número de desempregados já não inclui os que estão participando de treinamentos e alguns tipos de programas de capacitação. Dessa forma, as estatísticas de janeiro não incluem 81 mil pessoas antes consideradas desempregadas.

Isso torna complicada a comparação com os dados de janeiro de 2003. Nas contas da oposição - pelo sistema antigo, em vigor até dezembro do ano passado - o desemprego aumentou em 24.800 na comparação anual.

O que interessa é saber como ficará a situação este ano no mercado de trabalho: "Os indícios de reativação da economia chegaram, mas ainda não se manifestam no mercado de trabalho. De forma que a relativa melhora se deve certamente às reformas introduzidas", disse o novo presidente da Agência.

Em geral, calcula-se que o PIB (Produto Interno Bruto) do país precisa crescer 2% ao ano para que sejam criados novos empregos. Alguns economistas, contudo, acreditam que isso possa acontecer mais cedo, isto é, já com os primeiros sinais de reaquecimento da conjuntura.