'Guardião da estabilidade'
1 de julho de 2008
Os alemães não são exatamente um povo de acionistas. O DAX, no entanto, acabou se tornando uma marca forte, um símbolo dos altos e baixos do mercado financeiro – e também um símbolo do crescente bem-estar, crescendo de mil para 8 mil pontos. Em 1º de julho de 1988, o DAX foi calculado pela primeira vez e fixado em 1.163 pontos.
Antes disso, não havia nenhuma referência central. Para fazer uma idéia da movimentação da bolsa, podia-se acompanhar o índice do Frankfurter Allgemeine Zeitung ou o do Commerzbank, divulgados uma vez por dia. Atualmente, o cálculo do DAX é feito por segundo.
Entra-e-sai na lista das 30 maiores empresas
O índice alemão de ações espelha o desenvolvimento das 30 maiores empresas nacionais listadas na Bolsa de Frankfurt. As firmas têm pesos diferentes e influenciam o cálculo do índice de acordo com o volume de transações e a capitalização de mercado. O DAX é, por assim dizer, o guardião da estabilidade.
Até hoje, a listagem de empresas mudou 24 vezes. A primeira ocorreu em 1990, quando a Metallgesellschaft substituiu a indústria de celulose Feldmühle Nobel. Com a Continental, fabricante de pneus, uma empresa conseguiu reingressar após ter saído do DAX.
No mais, a lista das 30 maiores firmas se alterou em decorrência de fusões empresariais. A Thyssen e a Krupp se juntaram; a fusão da Veba e da Viag resultou na Eon; e o HypoVereinsbank abriu espaço para a Adidas.
Também houve uma ocorrência curiosa: após o conglomerado químico Lanxess ter se separado da Bayer, o DAX teve um dia em que foi calculado com base em 31 valores, em 31 de janeiro de 2005.
Empresas do DAX nas mãos de investidores estrangeiros
O índice alemão de ações é mais do que um barômetro da bolsa. Ele acabou gerando uma indústria financeira em torno de si. Fundos de investimento acompanham o desenvolvimento do DAX, o que o torna ainda mais interessante.
Muitos analistas do mercado financeiro consideram o DAX no mesmo nível que o Dow Jones, da Wall Street. Assim como o Dow simboliza os Estados Unidos, o Dax alemão, FTSE britânico e o CAC 40 francês representam a Europa.
O interesse em investir na Alemanha aumenta cada vez mais. Um indício disso é que, no final de 2007, as 30 empresas listadas no DAX estavam majoritariamente nas mãos de investidores estrangeiros.