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Samakuva arranca campanha eleitoral da UNITA

22 de julho de 2017

Líder do maior partido da oposição angolana disse este sábado (22.07), em Cacuaco, que material de campanha da UNITA está a ser destruído no Bié. Samakuva também anunciou propostas para as áreas de educação e emprego.

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Foto: DW/B. Ndomba

O presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, denunciou que o seu partido continua a ser vítima de atos de intolerância política. A declaração foi dada este sábado (22.07) em Cacuaco, zona norte da capital Luanda, durante a abertura oficial da campanha da UNITA com vista às eleições de 23 de agosto.

O líder do maior partido da oposição em Angola, candidato à Presidência da República, disse que os seus materiais de propaganda estão a ser vandalizados na província do Bié.

Angola Wahlkampf der Opposition UNITA in Luanda
Foto: DW/B. Ndomba

"Na cidade do Cuito, os símbolos da UNITA foram destruídos. Ontem mesmo no Chitembo, na presença do governador, houve pancadaria". Segundo Samakuva, os insultos estão a ser praticados por militantes do principal adversário político do seu partido, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

O líder do Galo Negro apelou os membros do seu partido: "Não aceitemos provocações. Mas que eles também não nos brinquem. Se eles realmente querem eleições justas e transparentes, e que seja uma festa, então travem primeiro as pessoas do seu partido".

Arranque estratégico

Pelo menos seis mil pessoas acompanharam o comício deste sábado, segundo informações do partido. O evento, que marca o início da campanha da UNITA, foi realizado estrategicamente em Cacuaco, uma das zonas de Luanda onde o partido da oposição tem mais simpatizantes.  A população que vive nesta localidade sofre com a falta de serviços básicos, com a onda de criminalidade e o desemprego elevado.

Isaías Samakuva afirmou que "a vida difícil dos angolanos está com os dias contados". Aos estudantes, o candidato ao cargo de Presidente prometeu um ensino de qualidade e gratuito.

No seu manifesto eleitoral, a UNITA também destaca como proposta o aumento do salário mínimo angolano para 500 dólares e uma agenda de governação "participativa e sem revanchismos" até 2030. 

Angola Wahlkampf der Opposition UNITA in Luanda
Cacuaco é uma das regiões de Luanda onde a UNITA reúne mais simpatizantes Foto: DW/B. Ndomba

CNE lança apelo aos partidos candidatos às eleições

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) exortou este sábado as seis formações políticas, concorrentes às eleições gerais angolanas, de 23 de agosto, a realizarem as suas campanhas com "argumentos de razão convincentes, sólidos, elevados e honrosos".

Numa mensagem de exortação, o presidente da CNE, André da Silva Neto, disse que o dia 23 de julho foi designado para o início oficial da campanha eleitoral, que deverá terminar à meia-noite do dia 21 de agosto, sendo o dia seguinte, 22, reservado à reflexão dos eleitores, sobre os programas políticos transmitidos pelos concorrentes.

Nas eleições gerais de Angola são concorrentes os partidos MPLA, UNITA, Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Aliança Patriótica Nacional (APN) e coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).

Além da UNITA, a APN também iniciou sua campanha este sábado no Uíge, assim como a CASA-CE e o PRS arrancaram na província da Huíla, a segunda mais populosa do país, localizada na região sul.

O MPLA, partido no poder, realizou este sábado uma homenagem a Agostinho Neto, primeiro Presidente angolano, mas arrancará com a sua campanha eleitoral apenas no dia 25 de julho, no Huambo. A FNLA vai começar a campanha no dia 27 de julho em Cuito, capital da província do Bié.

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