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Tráfico de drogas para beneficiar milícia somali é destaque na imprensa alemã

Marcio Pessôa18 de julho de 2014

Os jornais do país também publicaram matérias sobre a criação do novo banco do BRICS e as transações financeiras via SMS no Quénia.

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Presseschau
Foto: Fotolia

O Die tageszeitung publicou nesta semana a reportagem “Um banco contra os Estados Unidos e a Europa”, assinada por Felix Lee. O texto trata do lançamento do banco de fomento do BRICS - bloco composto pelas economias emergentes Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.

O texto detalha o funcionamento deste chamado “Novo Banco de Desenvolvimento”, salientando que o presidente é indiano e a sede será em Xangai, na China. Também destaca que ainda paira o medo de que a instituição será dominada pela China.

O banco seria de especial interesse dos países africanos porque também financiaria negócios de grande vulto no continente.

A matéria analisa a criação da instituição financiera com um aporte inicial de 37 mil milhões de euros para formar o capital do banco e 100 mil milhões de capacidade de empréstimo, e um fundo de reservas de outros 74 mil milhões para ajudar aos países do grupo no caso de uma possível crise de liquidez.

Brasilien Fortaleza BRICS Treffen 15.07.2014
Dilma e Zuma se encontram na conferência do BRICSFoto: Reuters

A reportagem salienta a iniciativa do BRICS como um contraponto ao FMI e ao Banco Mundial. “Apesar de os chamados países industrializados terem prometido que iriam reforçar a autoridade dos outros países em desenvolvimento na tomada de decisões do FMI, até agora pouco aconteceu”, escreve Felix Lee.

Transações financeiras por SMS

Der Tagesspiegel destacou os bastidores políticos do evento de criação do Banco do BRICS. A matéria sugere que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçado por novas sanções do Ocidente, buscou apoio dos integrantes do bloco na conferência de Fortaleza, no Nordeste do Brasil, contra o que chamou de decisões unilaterais do Ocidente.

O Süddeutsche Zeitung chamou a atenção, nesta semana, para as transações financeiras por mensagens de telefones móveis que já fazem parte do cotidiano do africano. Conforme a reportagem, no Quénia, por exemplo, o SMS criptografado para transferências de telefone para telefone tornou-se uma moeda padrão.

A principal responsável pelo serviço é a Safaricom, apontada como sucessora dos monopólios estatais. Cerca de 40 por cento da empresa está nas mãos da britânica Vodafone.

Oscar Pistorius 30.6.14
Oscar PistoriusFoto: picture-alliance/dpa

Trata-se de um serviço criado há oito anos para pagar microcréditos e movimenta hoje o equivalente a um quarto do Produto Interno Bruto do Quénia. Mais de 18 milhões de pessoas confiam e usam frequentemente o serviço.

Carregamento milionário

O Frankfurter Allgemeine Zeitung destacou mais um episódio envolvendo o atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, mas, desta vez , fora de uma audiência de tribunal. Ele se envolveu em uma confusão, na noite do último sábado, em uma discoteca em Johanesburgo. Segundo testemunhas, o velocista biamputado estava embrigado e teria sido empurrado por um rapaz.

Oscar estava no local com um primo. Eles se sentaram em uma cabine da área VIP quando acabou se desentendendo com um amigo do filho do presidente Jacob Zuma.

O episódio levanta novas especulações sobre o estado emocional do atleta. Pistorius está sendo julgado pelo assassinato de sua namorada e modelo Reeva Steenkamp e espera o veredito final a partir do dia 7 de agosto.

Symbolbild SMS-Verbot in Zentralafrika
Transfências por SMS fazem parte do cotidianoFoto: picture-alliance/dpa

Neue Zürcher Zeitung deu destaque a uma operação da polícia queniana que descobriu o carregamento de 1,3 toneladas de heroína em um navio apreendido, que saía da Somália. Parte da droga estava no tanque de combustível.

O jornal destaca que o tráfico de drogas tem financiado as ações da milícia Al Shabab. A polícia investigava dois navios que saíram de Mogadíscio. Uma das embarcações acabou desaparecendo e a outra foi apreendida em Lamu e levada para a verificação em Mombasa. A carga tem o valor estimado de 33 milhões de euros.

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