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Alemanha rejeita operação militar contra a Líbia

16 de março de 2011

Enquanto na Líbia as tropas fiéis ao coronel Mouammar Kadhafi, reconquistam as posições ocupadas pelos rebeldes, Berlim condena o regime de Tripoli, mas tem grandes reservas contra qualquer tipo de intervenção.

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A chanceler, Merkel, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Westerwelle, rejeitam uma intervenção militar na LíbiaFoto: AP

Angela Merkel disse nesta quarta-feira, 16 de março, que como chanceler não podia conduzir a Alemanha “numa missão com desfecho extremamente incerto”. O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, reiterou na quarta-feira, 16 de março, que a Alemanha “não será parte de uma guerra no Norte da África”, e que rejeita um bloqueio aéreo, “porque é importante pensar sempre nas suas consequências.

Para pôr em prática uma zona aérea interdita é necessária uma intervenção militar”. Esta postura mereceu ao ministro alemão elogios rasgados do ditador Kadhafi.

Libyen Demonstration gegen Muammar Gaddafi in Bengasi Patronengürtel
Os rebeldes na Líbia aguardam a ajuda da comunidade internacionalFoto: AP

Em contrapartida, a oposição alemã criticou Westerwelle. O Partido Social-Democrata (SPD) lembrou que o bloqueio aéreo faz parte do catálogo de sanções a ser debatido na Organização das Nações Unidas (ONU). Recusar de antemão esta medida dificulta a ação concertada da comunidade internacional, disse o deputado Rolf Mützenich.

Oposição reivindica fim de pagamentos por petróleo líbio

Os Verdes, também na oposição parlamentar em Berlim, salientaram que da Alemanha continuam a ser efetuados pagamentos pelo petróleo ao líder líbio e reivindicaram um maior apoio oficial para a oposição na Líbia.

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O ditador Kadhafi elogiou a posição alemã numa entrevista a um canal de televisão privado na AlemanhaFoto: picture alliance/dpa

O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu ainda chegar a acordo para decretar uma zona aérea interdita sobre a Líbia. Dois países com assento permanente, a China e a Rússia, e ainda a Índia, um membro temporário do conselho, explicaram a sua posição com a dificuldade de justificar tal medida à luz do direito internacional e com a falta de apoio dos países vizinhos da própria Líbia.

Autor: Cristina Krippahl/Carlos Martins

Revisão: António Rocha

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