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Derrota nas urnas

23 de maio de 2011

A vitória dos conservadores sobre os socialistas é a maior desde que o país retornou à democracia em 1978. "Assumimos e entendemos o resultado", afirmou o premiê Zapatero, que descarta antecipar as eleições legislativas.

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Zapatero vota em Madri
Zapatero vota em MadriFoto: AP

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do premiê José Luis Rodríguez Zapatero, sofreu uma dura derrota nas eleições municipais e estaduais deste domingo (23/05) na Espanha, após uma campanha eleitoral marcada pelo debate em torno da crise econômica e pelo surgimento do chamado "movimento dos indignados".

Com 27,81% dos votos, os socialistas perderam mais de 2 milhões de eleitores em comparação com as eleições municipais de 2007. Já o oposicionista Partido Popular (PP), de Mariano Rajoy, alcançou 37,54% dos votos, um resultado histórico.

No total dos votos nacionais, os conservadores superaram os socialistas por 10 pontos percentuais. É a pior derrota dos socialistas em eleições municipais desde que a Espanha retornou à democracia, em 1978, depois da ditadura de Francisco Franco.

"Era de se esperar que o PSOE recebesse hoje [domingo] um castigo nas urnas. Assumimos e entendemos [o resultado]. Não tem sido fácil explicar as origens e a natureza da crise e não soubemos nos aproximar de nossos cidadãos", afirmou Zapatero na central dos socialistas em Madri.

"Esses resultados têm uma clara relação com a crise econômica que temos sofrido por três anos. Sei que muitos espanhóis estão passando por grandes dificuldades e temem por seu emprego e seu bem-estar", declarou o presidente do governo espanhol.

Apesar da derrota, o premiê afirmou que não vai antecipar as eleições gerais de 2012, nas quais não concorrerá ao governo espanhol, conforme já anunciara em abril último.

Vários líderes do PP, porém, exigiram que Zapatero antecipe as eleições legislativas de 2012. O único a não fazê-lo foi o próprio Rajoy, que, em discurso na varanda da sede do partido, em Madri, limitou-se a agradecer aos candidatos, militantes e eleitores.

As votações foram precedidas de uma semana de intensos protestos. Dezenas de milhares de espanhóis saíram às ruas em diversas cidades da Espanha para protestar contra a situação econômica do país, que enfrenta uma taxa de desemprego de 21%.

AS/rtr/dpa/lusa
Revisão: Rodrigo Rimon