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Venezuela liberta ex-candidato presidencial

31 de dezembro de 2016

Opositor Manuel Rosales, preso por suposto enriquecimento ilícito, deixa prisão depois de mais de um ano. Seis ativistas detidos durante protestos de 2014 também são libertados.

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Ex-candidato à presidência venezuelana Manuel Rosales
Foto: picture-alliance/dpa/C.Sanchez

O governo da Venezuela concedeu, neste sábado (31/12), liberdade ao ex-candidato presidencial venezuelano Manuel Rosales, preso desde 15 de outubro de 2015 por suposto enriquecimento ilícito enquanto foi governador do estado de Zulia. Além disso, as autoridades libertaram também vários estudantes ativistas que foram detidos durante protestos antigovernamentais em 2014.

"Informo ao povo da Venezuela que fui posto em liberdade junto a outros presos políticos", anunciou Rosales, por meio da rede social Twitter. A esposa de Rosales, Eveling Trejo, que é prefeita do município de Maracaibo, em Zulia, também festejou na rede social a libertação do marido: "Foi feita a justiça divina".

A parlamentar venezuelana Delsa Solórzano, integrante do partido opositor fundado por Rosales, Um Novo Tempo (UNT), comunicou a libertação de "vários presos políticos". Entre eles Gerardo Carrero, que liderou um grupo de estudantes que acampou durante semanas junto à delegação da ONU em Caracas com o objetivo de chamar a atenção para uma repressão do governo contra protestos.

Os outros libertados são Nixon Leal, Ángel Contreras, Yeimi Varela, Gerardo Carrero, Scarli Duarte, que foram detidos durante os protestos contra o governo em 2014, assim como o jornalista Leocenis García.

A libertação de Rosales e dessas outras seis pessoas foi vista como um ato de "justiça" pelo primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e militante do UNT, Enrique Márquez, que publicou no Twitter que "a luta continua" pela liberdade dos presos políticos. "Avalio positivamente a liberdade de Manuel Rosales, ratificando sua inocência. A luta continua para a liberdade de todos os presos políticos", expressou.

Rosales, de 64 anos, chegou ao país em 15 de outubro de 2015, depois de seis anos de autoexílio, pelo qual optou devido a uma ordem de prisão por ser acusado de corrupção pela Justiça em 2009, três anos após perder as eleições presidenciais para Hugo Chávez. O opositor foi detido naquele mesmo dia, logo após descer do avião, vindo da ilha de Aruba.

Agora, após ser libertado, Rosales disse que seguirá "na luta pela libertação de todos os presos políticos e pelo retorno dos exilados". Segundo grupos de defesa dos direitos humanos, pelo menos cem pessoas continuam detidas por se oporem ao governo socialista, atualmente liderado pelo presidente Nicolás Maduro.

PV/efe/lusa/dpa