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Vacine-se ou arrependa-se, diz igreja russa

5 de julho de 2021

Igreja Ortodoxa da Rússia convocou todos os fiéis a se vacinarem e advertiu que quem se recusar será considerado um "pecador" e terá que se arrepender "pelo resto da vida".

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Foto mostra ambulatatório Homem sem camisa recebe a vacina de uma profissional da saúde que veste roupa de proteção azul e touca vermelha.
Vacinação na Rússia marcha a passos lentos, com apenas 17% da população parcialmente imunizadaFoto: Evgeny Kozyrev/REUTERS

A Igreja Ortodoxa da Rússia convocou todos os seus fiéis a se vacinarem contra a covid-19 e advertiu que as pessoas que se recusarem a se imunizar serão consideradas "pecadoras". A vacinação avança muito lentamente na Rússia, enquanto os casos de covid-19 não param de subir.

Na televisão estatal, o metropolita Hilarion, chefe do Departamento das Relações Externas do Patriarcado de Moscou, afirmou que os cidadãos que se recusam a se vacinar estão cometendo "um pecado pelo qual terão que se arrepender pelo resto da vida".

"Vejo situações todos os dias em que pessoas visitam um padre para confessar que se recusaram a se vacinar e a vacinar seus entes queridos e, involuntariamente, causaram a morte de alguém", afirmou. "O pecado é pensar em si mesmo e não em outra pessoa", completou.

Nesta segunda-feira, a Rússia registrou 25.142 novos casos de covid-19, o maior número diário desde 2 de janeiro, informaram as autoridades sanitárias do país, que atribuem 90% das novas infecções à variante delta.

Com 5.610.941 de casos confirmados, a Rússia é o quinto país do mundo com maior número de infecções  pelo coronavírus, depois de Estados Unidos, Índia, Brasil e França.

Disparada no número de óbitos

O aumento explosivo dos contágios nas últimas semanas fez disparar o número de óbitos, que duplicou em comparação com os dados do início de junho. Na última semana, o país registrou cinco recordes consecutivos de mortes diárias por covid-19. Nas últimas 24 horas, o país teve 663 mortes oficiais devido à doença, elevando o total para os 137.925.

Os principais focos de infeção são Moscou e São Petersburgo, as duas maiores cidades do país, onde em 24 horas ocorreram, respectivamente, 111 e 104 mortes, quase um terço das registradas em toda a Rússia.

Apesar da deterioração da situação, o governo russo descarta a imposição de confinamentos ou a paralisação das atividades econômicas.

Até o momento, 25,1 milhões de pessoas, o equivalente a 17% da população, já receberam ao menos uma dose de vacinas contra a covid-19, segundo o site Gogov.ru.

O Ministério da Saúde da Rússia anunciou nesta segunda-feira que começaram os ensaios clínicos para determinar a eficácia da vacina Sputnik V em adolescentes.

Os testes terão a participação de cerca de 660 jovens de 12 a 17 anos. A primeira e a segunda fases acontecerão em dois hospitais de Moscou.

le (reuters, lusa, afp)