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UE retira EUA de lista segura para viagens não essenciais

30 de agosto de 2021

Conselho Europeu reage à alta de novos casos entre americanos, que haviam sido incluídos nessa lista em junho. Decisão final cabe a cada país-membro do bloco.

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Americanos tomam vacina contra covid-19
Viagens de americanos completamente vacinados tendem a continuar sendo permitidas para países da UEFoto: Amira Karaoud/REUTERS

A União Europeia (UE) recomendou nesta segunda-feira (30/08) aos seus países-membros que adotem novamente restrições de viagens não essenciais a turistas vindos dos Estados Unidos, devido à alta das infecções por covid-19 no país.

O Conselho Europeu, que representa os 27 governos nacionais que integram o bloco, decidiu retirar seis países de sua lista de locais a partir dos quais não há restrições a viagens para turismo ou visitas. Além dos Estados Unidos, deixaram a lista nesta segunda-feira Israel, Kosovo, Líbano, Montenegro e Macedônia do Norte.

A decisão do Conselho Europeu não precisa ser necessariamente adotada pelos países da UE, mas a maior parte dos membros do bloco tem seguido as recomendações de Bruxelas durante a pandemia.

"Esta [decisão] não impede a possibilidade de Estados-membros retirarem as restrições temporárias a viagens não essenciais para a UE para viajantes totalmente vacinados", disse o comunicado do Conselho Europeu.

Na prática, pessoas nos Estados Unidos completamente vacinadas com um dos imunizantes aprovados na UE que receberam a segunda dose – ou a dose única, no caso da vacina da Janssen – há pelo menos 14 dias tendem a poder continuar viajando para a UE, de acordo com a decisão de cada país.

A lista de países na lista segura da União Europeia agora inclui 17 nações, entre elas Canadá, Japão e Coreia do Sul, além da China, se Pequim também permitir a entrada de cidadãos da UE.

Alta de casos nos EUA

Em junho, antes da alta temporada de turismo no verão do hemisfério norte, a União Europeia havia recomendado aos seus países-membros que retirassem as restrições a viagens não essenciais a partir dos Estados Unidos, em um momento em que os americanos estavam dando largos passos em seu programa de vacinação.

O número de casos nos Estados Unidos, porém, voltou a subir desde o início de julho, devido à variante delta, mais infecciosa, e a uma parcela significativa da população que se recusa a tomar a vacina.

Na quinta-feira, os Estados Unidos determinaram a vacinação obrigatória contra covid-19 para todos os militares do país, como uma forma de dar novo impulso à sua campanha de vacinação. Segundo a imprensa americana, mais de 800 mil militares do país ainda não tomaram a vacina, de um total de 2,1 milhões (incluindo membros da Guarda Nacional e da reserva).

Os Estados Unidos têm registrado cerca de 150 mil novos casos de covid-19 por dia, uma marca que não era superada no país desde o final de janeiro. Em 22 de agosto, o país também voltou a registrar mais de mil mortes por dia pela doença, segundo a média móvel de sete dias, após cinco meses abaixo dessa marca.

Os Estados Unidos vacinaram com pelo menos uma dose 60,8% de sua população. Nesse critério, os americanos foram superados pelos brasileiros na última quinta-feira. O Brasil tem 62,5% de sua população vacinada com ao menos uma dose.

Como os americanos aceleraram a sua campanha antes do Brasil, porém, eles estão bem à frente dos brasileiros em relação às pessoas totalmente vacinadas. Nos Estados Unidos, esse percentual é de 51,6%, enquanto no Brasil é de 28%.

Na Alemanha, 64,5% já receberam a primeira dose e 59,8% estão totalmente vacinados. Os dados foram compilados pelo site Our World in Data, da Universidade de Oxford.

Os EUA são oficialmente o país mais afetado pelo coronavírus no mundo, em números absolutos. Desde o início da pandemia, o país registrou mais de 38,7 milhões de casos de covid-19 e 637 mil mortes associadas à doença.

bl (AFP)