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Irã e Síria

1 de dezembro de 2011

Aumentou o número de empresas iranianas impedidas de negociar na UE e de iranianos proibidos de entrar no bloco europeu. Além da União Europeia, Liga Árabe impõe sanções comerciais e financeiras à Síria.

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Ministros se reuniram em Bruxelas
Ministros se reuniram em BruxelasFoto: dapd

Os ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia (UE) decidiram-se nesta quinta-feira (1º/12) em Bruxelas por novas sanções contra o Irã e a Síria. No âmbito do conflito nuclear com Teerã, foi aumentado em 143, para 433, o número de empresas e organizações iranianas proibidas de fazer negócios na UE. Ao mesmo tempo, sobe em 37, para 113, a quantidade de iranianos proibidos de entrar na União Europeia.

Devido à repressão aos oposicionistas do presidente Bashar al-Assad na Síria, os ministros decidiram-se também por uma série de medidas contra Damasco: não podem mais ser adquiridos títulos do governo sírio pelo bloco europeu e está proibida a exportação de equipamentos para o setor de petróleo e gás. Embora o petróleo sírio represente menos de 1% da produção mundial diária, ele é uma importante fonte de renda da Síria.

Além disso, bancos sírios não têm mais permissão para abrir novas unidades na UE e bancos da União Europeia não podem mais estabelecer joint ventures com bancos da Síria.

Mais pressão sobre Assad

Também aumentou para 86 a quantidade de sírios impedidos de entrar na UE, e para 30 o número de empresas proibidas de fazer negócios nos 27 países.

Os governos ocidentais e árabes elevaram a pressão contra Assad nas últimas duas semanas para que retire suas tropas das cidades, liberte os presos políticos e inicie um diálogo com a oposição.

Um comitê da Liga Árabe reunido no Cairo incluiu 17 membros do aparato estatal e familiares do presidente em uma lista de nomes cuja viagem a Estados árabes é proibida e cujos bens nos países árabes serão congelados.

Nesta lista está o irmão de Assad, Maher, que comanda a Guarda Republicana e é o segundo homem mais poderoso do país. O próprio Assad não consta da lista, o que é interpretado por especialistas como uma porta aberta para que busque exílio.

Entre as sanções está ainda que a partir de 15 de dezembro nenhum avião procedente de um país árabe poderá aterrissar na Síria. Também foi imposto um embargo comercial, que, no entanto, exclui alimentos básicos, medicamentos, equipamentos médicos, gás e energia.

UE elogia Liga Árabe

Fontes diplomáticas disseram em Damasco que a Turquia poderá seguir o exemplo da França e dos Estados Unidos e chamar de volta seu embaixador na capital síria. Também Ancara impôs sanções contra a Síria e congelou bens do Estado e de lideranças do país.

A União Europeia elogiou as sanções impostas pela Liga Árabe. "Estamos muito contentes com as medidas tomadas pela Liga contra a Síria", disse a encarregada de Relações Exteriores da UE, Catherine Ashton, após uma conversa com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, em Bruxelas.

Brüssel EU Außenministerrat
Ashton: apoio à Liga ÁrabeFoto: dapd

"É uma mensagem muito importante para o regime sírio, de que não só o Ocidente reage de forma clara contra a crueldade e a repressão, mas também todos os vizinhos e especialmente a Liga Árabe", disse o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, referindo-se a um "momento histórico".

Ele disse que a União Europeia prosseguirá seus esforços por uma posição comum no Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde principalmente a Rússia bloqueia uma resolução contra a Síria.

"Estamos muito preocupados com a atual situação na Síria", disse o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt. "Esperamos que o Conselho de Segurança em breve seja capaz de agir." Bildt salientou a preocupação da UE com a ajuda à população civil e reiterou que "não há qualquer debate sobre uma eventual intervenção militar."

Violência continua

Ao menos nove pessoas morreram nesta quinta-feira na Síria em novos ataques de forças de segurança. Segundo o Observatório para os Direitos Humanos na Síria, sediado em Londres, seis pessoas morreram nos arredores de Hama e outros três na província de Homs.

A agência estatal de notícias Sana informou que na quarta-feira foram libertadas 912 pessoas detidas devido "aos acontecimentos recentes".

RW/rtd/dpa
Revisão: Carlos Albuquerque