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UNIVERSIDADE RETIRA TÍTULO DE DOUTORA DA DEPUTADA KOCH-MEHRIN

18 de junho de 2011

Os temas comentados esta semana por nossos leitores foram a retirada do título da deputada europeia Koch-Mehrin, a violência contra manifestantes na Síria e a vitória de Erdogan na Turquia.

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Foto: AP

Os orientadores deveriam ser responsabilizados, pois são eles os mentores do trabalho. Mas essa situação é resultado da indústria da titulação, em que o acadêmico é premiado pelo número de trabalhos publicados, não pelo mérito de sua pesquisa.
Rodrigo De Filippo

Estou começando a desconfiar que na Alemanha é mais fácil escrever um doutorado do que no Brasil. Basta ter dinheiro e ser "bonitinho" que os professores orientadores leem (se é que realmente leem) a tese com óculos de lentes azuis… E ainda dizem que é o Brasil que não é um país sério. A falta de caráter é um mal bastante disseminado no meio acadêmico.
Paulo Silva

Os professores são responsáveis por não lerem as teses similares ou por nem mesmo lerem a tese do orientado.
Louis Fod

Se os professores orientadores de teses plagiadas fossem punidos, eles passariam a prestar mais atenção naquilo que estão deixando passar. Aliás, deveriam ser punidos muito mais seriamente, por serem experientes. A cultura do produtivismo no fim das contas está destruindo qualquer controle de qualidade ou de honestidade no mundo científico...
Eduardo Fox

VIOLÊNCIA CONTRA MANIFESTANTES NA SÍRIA

Se os países ocidentais esperam que Bashar al-Assad siga o exemplo de Mubarak, deixando o poder de forma pacífica e "espontânea", é melhor não alimentar essa esperança, bastante remota. Pelo que vemos, a Síria vai afundar num banho de sangue, como a Líbia. E que postura a comunidade internacional vai adotar ante essa barbárie? As ações da ONU, dos EUA e da UE não devem se limitar em exigências, resoluções e sanções, pois meras palavras não vão ajudar o povo sírio a derrubar esse regime despótico. Quer queira, quer não, a única solução que parece viável é intervir militarmente na Síria. Porém, uma nova coalizão se mostraria capaz de evitar o fiasco da operação na Líbia?
Vlademir Monteiro

Não é “presidente sírio”, é ditador, ou tirano sírio! Então é uma resolução muito fraca – se é ao contrário da referente à Líbia –, talvez seja como o secretário de Defesa dos Estados Unidos da América já havia dito acerca da Otan: "... Nossos aliados europeus são muito fracos militarmente... Além de alguns países-membros não investirem os 2% mínimos de seus PIB na defesa...". Entretanto, a comunidade internacional deve intervir na Síria. Esses líderes muçulmanos enlouqueceram!
Eduardo Nunes Santos

ERDOGAN VENCE NA TURQUIA

Um país que corre o risco de ter o islamismo como credo do Estado não pode ingressar na UE. As razões econômicas não valem nesse caso, menos ainda o "politicamente correto", ou DDHH. Aumentar a influência islâmica nos Bálcãs, propiciar seu livre trânsito na Europa, seria uma irresponsabilidade. E isso não é preconceito, xenofobia, é realpolitik.
Celso Ribeiro

A Turquia sempre foi um exemplo de democracia para o Oriente Médio. Seu tradicional secularismo, fundado por Kemal Atatürk, inspira o modelo de Estado que os jovens da Primavera Árabe desejam. Porém, as ambições do AKP ameaçam o projeto político do pai da República Turca. A vitória de Erdogan é inevitável, afinal o crescimento econômico e a ascensão do país no cenário internacional impulsionados por seu governo lhe garantiram a confiança do povo. Portanto, não se pode negar que o primeiro-ministro e seu Partido da Justiça e Desenvolvimento têm o consentimento dos cidadãos para estabelecerem uma nova Constituição como bem entenderem. Se em seu terceiro mandato Recep Tayyip mostrar sua verdadeira face, a islamização da Turquia vai representar um paradoxal revés, dado que enquanto outras nações árabes buscam a liberdade, o país caminha na contramão. No horizonte deste domingo para a segunda, vai emergi uma nova teocracia, mas dessa vez, à turca.
Vlademir Monteiro