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UE indignada

17 de julho de 2009

Para autoridades da UE e da Alemanha, explosões em Jacarta reforçam necessidade de combater o terrorismo internacional. História de atos terroristas na Indonésia remonta a 2002.

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Policiais inspecionam hotel J.W. Marriott após explosãoFoto: AP

A União Europeia (UE) condenou severamente os atentados suicidas ocorridos em Jacarta. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, declarou-se "chocado" pelo "terrível ato contra civis inocentes". Para o alto representante da UE para a Política Externa e Segurança Comum, Javier Solana, este foi "um atentado também contra a democracia indonésia".

Também a presidência sueca da UE condenou os ataques e expressou solidariedade às famílias das vítimas "desses atos brutais" e ao governo e à população da Indonésia.

Reações europeias

O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, declarou: "Partilhamos o luto dos familiares e amigos das vítimas e esperamos uma rápida recuperação dos feridos".

Bombenanschläge in Jakarta, Indonesien
Fachada do Ritz-Carlton foi destruídaFoto: AP

O governo da Alemanha também condenou os atos terroristas com rigor: eles "reforçam a necessidade de não afrouxar o combate ao terrorismo internacional". A população indonésia acabou de rechaçar as tendências terroristas numa eleição, e os atos criminosos não devem intimidá-la a abandonar essa atitude, enfatizou um porta-voz de Berlim.

Nesta sexta-feira (17/07) explosões em dois hotéis de luxo da capital indonésia, Ritz-Carlton e JW Marriott, mataram ao menos nove pessoas, além dos próprios terroristas, e feriram mais de 40, em parte gravemente. Fontes oficiais registram dois neozelandeses e três outros estrangeiros entre os mortos. O ato é atribuído ao grupo radical islâmico Jeemah Islamiah, que há anos abalou o país com uma onda de terrorismo.

Ondas de terror

Entre os países muçulmanos, a Indonésia é o mais populoso. Porém as tendências fundamentalistas e radicais estão quase ausentes em sua sociedade. A tolerância religiosa está até mesmo ancorada na Constituição nacional. Porém isso não tem impedido a ocorrência de atentados como o atual.

As piores séries de atentados terroristas foram as que atingiram a ilha turística de Bali. Em 12 de outubro de 2002, pouco antes da meia-noite, hora local, uma bomba explodiu num bar, num atentado suicida.

Segundos mais tarde foi a vez de um veículo utilitário carregado com mais de uma tonelada de produtos químicos, estacionado diante de uma discoteca. O número de vítimas fatais superou 200, a maioria delas turistas.

Bali e Jacarta

Os atentados traumatizaram o país. Os investigadores indonésios atribuíram a autoria ao Jeemah Islamiah. Um dos cofundadores da organização, Abu Bakar Bashir – que mais tarde seria preso –, por sua vez, alegou tratar-se de uma ação de serviços secretos estrangeiros, presumivelmente com apoio norte-americano.

Em 5 de agosto de 2003, a capital Jacarta também foi atingida por um atentado. A detonação de um carro-bomba no Hotel Marriott matou 140 pessoas. Em setembro do ano seguinte, o alvo foi a embaixada australiana.

Em outubro de 2005, nova série de ataques terroristas em Bali fez 20 vítimas: três bombas caseiras foram detonadas em locais diversos da ilha.

Braço da Al Qaeda

Indonesien Wahl
Yudhoyono durante o pleito em que se reelegeuFoto: AP

Supõe-se que o Jeemah Islamiah tenha sempre estado por trás dos atos terroristas. Esse braço sul-asiático da organização radical islâmica Al Qaeda age também em países vizinhos, como Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia.

Para o governo e as autoridades de segurança da Indonésia, os novos ataques são um duro golpe. O presidente Susilo Bambang Yudhoyono, reeleito há apenas duas semanas com grande maioria, segue há anos uma consequente política antiterror. Ele prometeu "perseguir, capturar e condenar os responsáveis".

Desde as primeiras séries de atentados em Bali, as forças de segurança indonésias reagiram vivamente. Centenas de suspeitos foram detidos, numerosos líderes do Jeemah Islamiah estão até hoje na prisão. Em 2008, os principais suspeitos dos atentados de 2003 foram executados.

AV/dw/dpa/ap
Revisão: Alexandre Schossler

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