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UE quer endurecer limite de emissões para automóveis

10 de outubro de 2018

Ministros europeus do Meio Ambiente concordam em reduzir 35% das emissões de dióxido de carbono em frotas de veículos novos até 2030. Medida é necessária para bloco atingir meta climática.

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Carros parados em trânsito na Alemanha
Com novo limite, montadoras precisarão aumentar vendas de carros elétricosFoto: picture-alliance/dpa/P.Zinken

Um dia após a divulgação de um relatório alarmante da ONU sobre o aquecimento global, os países da União Europeia (UE) concordaram nesta terça-feira (09/10) em reduzir 35% das emissões de dióxido de carbono em frotas de automóveis novos até 2030.

O acordo foi alcançado entre os 28 ministros europeus do Meio Ambiente depois de mais de 13 horas de reunião. Os representantes dos países do bloco estavam divididos entre reduzir a poluição e preservar a indústria automotiva.

"Vimos uma discussão complicada", afirmou o comissário europeu da Ação Climática e Energia, Miguel Arias Canete, que acrescentou que a meta de 35% foi apoiada por 20 países, outros quatro foram contrários e quatro se abstiveram. "No início, não achei que teríamos esse forte apoio", destacou.

As regras para alcançar essa redução serão debatidas no Parlamento Europeu, que desejava uma diminuição de 40%, e na Comissão Europeia, que defendia uma meta de 30%. Esse acordo deve se tornar uma norma obrigatória a ser seguida pelas montadoras a partir de 2019.

Atualmente, a União Europeia estabelece que as emissões de CO2 de novos carros na média da frota em 2020 não podem ultrapassar mais de 95 gramas por quilômetro. A redução deve ser calculada a partir dessa base. Com o endurecimento das regras, as montadoras deverão vender, além de carros a diesel e gasolina, mais veículos elétricos para alcançar a nova meta.

Vários países, liderados pela França, defendiam uma meta de redução de 40%, no entanto, a Alemanha, com sua grande indústria automotiva, queria um corte máximo de 30% para as frotas de carros novos em comparação com os modelos vendidos em 2021.

Países mais conservadores, como a Hungria, a República Tcheca ou a Letônia, argumentaram que uma meta muito elevada colocaria em risco à indústria. Já países mais progressistas, como Luxemburgo, Holanda e Bélgica, defenderam que a Europa deve aproveitar a mudança para liderar a transição de motores de combustão para elétricos e híbridos.

Com o acordo, a UE pretende frear as emissões do setor de transportes, onde elas continuam aumentado a cada ano, e alcançar desta forma a meta de redução de gases do efeito estufa, estipulada em pelo menos 40% até 2030 em relação ao nível de 1990.

Num comunicado conjunto após a reunião, os ministros expressaram preocupação com o recente relatório da ONU que fez um alerta sobre a importância de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C para evitar drásticas alterações no clima.

O grupo renovou ainda o compromisso com o Acordo de Paris, no qual a comunidade internacional se comprometeu a limitar o aumento da temperatura ao teto de 2°C em relação aos níveis da era pré-industrial. 

Temperaturas extremas em todo o hemisfério norte foram registradas durante o verão. O fenômeno aumentou a preocupação de que as mudanças climáticas estejam se intensificando.

CN/rtr/efe

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