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UE e Sérvia negociam

13 de junho de 2007

Europeus avaliam que governo sérvio voltou a colaborar com o Tribunal Penal Internacional de Haia, mas condicionam ingresso do país dos Bálcãs no bloco à prisão do ex-general Ratko Mladic.

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Bandeira da Sérvia tremula em Belgrado: país quer ingressar na União EuropéiaFoto: AP

Depois de 13 meses suspensas, as negociações para o ingresso da Sérvia na União Européia (UE) foram retomadas nesta quarta-feira (13/06). O comissário de Ampliação, Olli Rehn, disse que o reinício das conversações é uma resposta da UE aos recentes avanços do país dos Bálcãs na perseguição de criminosos de guerra. Rehn se encontrou em Bruxelas com o principal negociador sérvio, Bozidar Djelic.

O primeiro-ministro da Sérvia, Vojislav Kostunica, saudou a retomada das negociações sobre um acordo de estabilização e associação, considerado como o primeiro passo para um possível ingresso da Sérvia na União Européia.

No final de maio, o governo sérvio anunciou a prisão do ex-general Zdravko Tolimir, acusado de crimes de guerra e um dos principais colaboradores do acusado mais procurado, o ex-general Ratko Mladic. Tolimir foi encaminhado ao Tribunal Penal Internacional de Haia.

As negociações haviam sido suspensas porque, na avaliação da União Européia, o governo sérvio não estava colaborando para levar criminosos de guerra ao Tribunal Penal Internacional de Haia. "Condição para que essas negociações cheguem ao fim é uma colaboração irrestrita com o tribunal de Haia", reiterou Rehn. Sem a prisão do ex-general Ratko Mladic, acrescentou, as negociações para o ingresso da Sérvia na União Européia jamais serão concluídas.

Kosovo

Após o encontro com Djelic, Rehn negou que a retomada das negociações seja uma tentativa de fazer com que a Sérvia renuncie à província de Kosovo. "As negociações da Sérvia com a UE e com as Nações Unidas são coisas diferentes", reiterou.

"Mas antes de a Sérvia obter status de candidata a ingressar na UE, é importante que ela se empenhe em ter boas relações com seus países vizinhos e na colaboração regional, além de mostrar respeito às suas responsabilidades internacionais", concluiu.

Djelic disse que a Sérvia continuará "defendendo de forma pacífica sua soberania territorial". O status da província de Kosovo não está relacionado com a retomada das negociações com a União Européia, salientou o negociador sérvio.

Alemanha

Em Berlim, o gabinete de governo aprovou a permanência das Forças Armadas alemães no Kosovo por mais um ano. A prorrogação deve ser agora aprovada pelo Parlamento. Com cerca de 2,5 mil soldados, a Alemanha representa o maior contingente nas tropas da Otan estacionadas na província sérvia.

As Forças Armadas alemãs estão desde 1999 no Kosovo. Sua principal missão é auxiliar na reconstrução das estruturas democráticas na província. (as)