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Intercâmbio acadêmico

17 de julho de 2007

A partir de 2009, o programa Erasmus Mundus terá orçamento quadruplicado e dará mais oportunidades para não-europeus que queiram estudar por um período na União Européia.

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Os europeus também terão mais facilidades para estudar fora da EuropaFoto: AP

Entre 2009 e 2013, a União Européia (UE) disponibilizará 950 milhões de euros para cooperações entre universidades européias e estrangeiras, quantia quatro vezes maior do que a disponível entre 2004 e 2008.

O fomento se dará através do programa de intercâmbio acadêmico Erasmus Mundus, versão do Erasmus europeu criado em 2004 e que patrocina estudantes não-europeus que queiram estudar por um ano na UE.

Nos três primeiros anos, participaram do programa 2325 estudantes de 111 países. A partir de setembro, mais 1825 estudantes de todo o mundo participarão do Erasmus Mundus.

O Comissário de Educação da UE, Ján Figel, afirmou que a segunda fase do programa, que começará com o aumento de verbas em 2009, terá um número maior de países participantes. "Nós recebemos sete vezes mais candidaturas do que vagas disponíveis", explicou. O Erasmus Mundus visa o crescimento da produção acadêmica fora do continente europeu. O fomento se destina principalmente a estudantes que queiram fazer um doutorado.

A comissária de Relações Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, anunciou novas bolsas de estudos para estudantes do Iraque, do Irã e do Iêmen. A partir de 2008 também terão acesso ao programa estudantes da Índia, da Malásia e da China. "No futuro queremos oferecer a possibilidade de estudar na Europa para todo o mundo", explicou Ferrero-Waldner.

Fuga de cérebros

Ela ressaltou ainda que a União Européia está ciente dos problemas que a fuga de cérebros causa aos países em desenvolvimento, onde se teme que os melhores estudantes nunca voltem para casa após uma temporada de estudos no exterior. Por isso, os diplomas do Erasmus Mundus a partir de 2009 só serão válidos após o estudante voltar a seu país de origem, explicou Ferrero-Waldner.

O Erasmus europeu, um dos mais bem-sucedidos programas da UE, existe desde 1987. No ano acadêmico de 2005-2006 cerca de 155 mil estudantes passaram uma temporada no exterior através do programa.

Há anos os europeus se queixam da migração de talentos da Europa para os EUA, onde há melhores condições de estudo para estrangeiros. O Erasmus Mundus é visto como uma alternativa ao programa americano Fullbright, criado em 1946, com um orçamento anual de aproximadamente 180 milhões de doláres. (jv)