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Ucrânia coloca tropas em alerta máximo nas fronteiras

11 de agosto de 2016

Decisão do presidente Poroshenko é tomada depois de Moscou denunciar que grupos da inteligência militar ucraniana tentaram se infiltrar na Crimeia em ações de sabotagem.

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Soldados ucranianos
Foto: picture alliance/dpa/M. Lyseiko

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ordenou nesta quinta-feira (11/08) colocar em "máximo alerta de combate" as tropas do país que estão na fronteira com a Crimeia e na linha de separação de forças com os rebeldes pró-Rússia no leste do país.

Poroshenko explicou que tomou a decisão após se reunir com a chefia das forças de segurança e dos ministérios da Defesa e do Exterior. Um porta-voz do governo ucraniano disse à agência de notícias Reuters que a Ucrânia vem realizando exercícios militares no sul do país desde quarta-feira.

Esse acirramento do já tenso clima entre Ucrânia e Rússia ocorre depois de Moscou denunciar, nesta quarta-feira, que grupos da inteligência militar ucraniana tentaram se infiltrar na Crimeia em duas operações de sabotagem – uma na madrugada de 7 de agosto e outra no dia seguinte.

As operações, que teriam como objetivo provocar um novo conflito e desestabilizar a península, resultaram na morte de um oficial da inteligência russa e de um soldado do país, segundo a inteligência russa.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou o governo ucraniano de terrorismo e advertiu que a Rússia não deixará ações desse tipo passarem em branco. Poroshenko respondeu tachando as acusações de "cínicas" e garantiu que se trata de "fantasias que os russos usam como pretexto para lançar novas ameaças militares à Ucrânia".

Putin se reuniu na manhã desta quinta-feira com membros do Conselho de Segurança da Rússia para debater medidas adicionais dirigidas a reforçar a defesa da Crimeia, que Moscou anexou em março de 2014.

Desde que teve início, em 2014, o conflito entre tropas do governo da Ucrânia e separatistas apoiados pela Rússia já custou mais de 9.500 vidas. No entanto, não há relatos de distúrbios na fronteira da Ucrânia com a Crimeia.

LPF/efe/ap