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Sim à ajuda humanitária

Agências (as)22 de janeiro de 2009

Em reunião com os ministros europeus das Relações Exteriores, ministra isralense Tzipi Livni garante que a ajuda humanitária chegará à Faixa de Gaza, mas recusa abertura total das fronteiras devido ao tráfico de armas.

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Livni em Bruxelas: Israel não cometeu crimes de guerra na Faixa de GazaFoto: ap

A ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, anunciou em Bruxelas que o seu país abrirá as fronteiras com a Faixa de Gaza para permitir o transporte de ajuda humanitária. Livni se reuniu na noite desta quarta-feira (21/01) com os ministros das Relações Exteriores da União Europeia.

"Em resposta às necessidades humanitárias na Faixa de Gaza, estamos dispostos a cooperar no que for possível", declarou, adiantando que Israel vai colaborar com as organizações internacionais de ajuda humanitária.

O chefe da diplomacia europeia, Javier Solana, disse estar satisfeito com o anúncio da ministra. "Espero que se torne realidade amanhã [esta quinta-feira]", afirmou Solana. A abertura total das fronteiras, que havia sido solicitado pela União Europeia, foi rechaçada por Israel.

Livni disse que isso só será possível quando o tráfico de armas para a Faixa de Gaza estiver sob controle. Ela lembrou que negociações nesse sentido estão sendo conduzidas com o Egito e os Estados Unidos. "O direito de autodefesa de Israel não significa apenas se proteger de foguetes, mas estende-se também ao contrabando de armas."

Ajuda europeia

Durante o encontro com Livni, os ministros europeus voltaram a oferecer ajuda para combater o tráfico de armamento para a Faixa de Gaza, como já havia sido exposto anteriormente pelo ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier.

A União Europeia pretende também iniciar o quanto antes a ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. "Temos de fazer com que a população seja provida daquilo que é de necessidade vital", afirmou Steinmeier.

O ministro destacou, porém, que o auxílio europeu não deve se resumir à ajuda humanitária e à reconstrução. Ao final, deve conduzir a um processo político que leve a conversações entre Israel e líderes palestinos.

Crimes de guerra

Livni rechaçou ainda as acusações de que o Exército israelense teria cometido crimes de guerra durante as três semanas em que esteve em ação na Faixa de Gaza. "O Exército israelense respeita o direito internacional. Compartilhamos os mesmos valores com a comunidade internacional e a Europa e os respeitamos."

A ministra garantiu que Israel tentou evitar a morte de civis durante o conflito. "Há uma diferença entre um assassino e alguém que mata uma pessoa sem querer", finalizou Livni.