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Trump promete construir muro com México antes do previsto

24 de fevereiro de 2017

Discursando em importante conferência conservadora, presidente americano retoma promessas polêmicas de campanha, adianta nova ação para prevenir entrada de terroristas e lança duras críticas à imprensa.

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Trump discura na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Maryland
Trump discura na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em MarylandFoto: Getty Images/Pool/O. Douliery

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em discurso a conservadores nesta sexta-feira (24/02) que a construção do muro na fronteira do país com o México, uma de suas promessas de campanha, deve ter início "em breve, muito antes do previsto".

"Vamos construir o muro, não se preocupem", destacou o republicano em Maryland, durante a anual Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC). A declaração ocorre um dia depois da  visita oficial dos secretários americanos de Estado, Rex Tillerson, e de Segurança Interna, John Kelly, que foram ao México na tentativa de acalmar as tensões diplomáticas entre os dois países, devidas a questões como a política migratória de Trump.

Em pronunciamento à imprensa na quinta-feira, nenhum dos dois secretários mencionou a construção do muro. Kelly, por outro lado, garantiu que não haverá deportações em massa nem uso de força militar durante as operações relativas aos imigrantes ilegais, distanciando-se assim dos comentários recentes de Trump.

As declarações de Trump na conferência conservadora

Na CPAC, o presidente voltou a defender maior rigidez no controle migratório, focando em "expulsar as pessoas más desse país". "Enquanto estamos falando aqui, agentes da imigração estão encontrando membros de gangues, traficantes de drogas e estrangeiros criminosos e mandando-os embora."

Trump também prometeu que, "em questão de dias", seu governo tomará uma nova ação para prevenir que possíveis terroristas entrem em território americano. "Os terroristas estrangeiros não serão capazes de atacar os EUA se não puderem entrar nos EUA", afirmou, antecipando que trabalha num plano para "destruir totalmente" o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI).

O chefe de Estado não deu detalhes sobre a ação planejada, mas a agência de notícias AP informa, citando funcionários da Casa Branca, que um novo veto de imigração deve ser divulgado em breve.

Imprensa sem fontes?

Como tem feito repetidamente em seus pronunciamentos públicos desde que assumiu a presidência em janeiro, Trump criticou a imprensa no discurso desta sexta-feira, afirmando haver "veículos que são muito inteligentes, astutos e desonestos, que se irritam quando expomos suas notícias falsas".

Ele também mencionou o conteúdo de uma mensagem que publicou no Twitter há uma semana, em que classifica alguns veículos americanos como New York Times  e as emissoras NBC, ABC, CBS e CNN como "inimigos do povo", por, segundo ele, publicar notícias com informações inverídicas.

O republicano também condenou o uso de fontes anônimas em reportagens: "Sou contra gente que inventa histórias e inventa fontes. Eles não deviam ser autorizados a utilizar fontes, a não ser que usem o nome de alguém. Que o nome deles vá a público. Que não haja mais fontes."

EK/efe/ap/rtr/ots