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Trump perdoa Steve Bannon e outros aliados

20 de janeiro de 2021

Nas suas últimas horas no cargo, presidente dos EUA concede perdão a vários aliados e também políticos condenados por corrupção. Entre os perdoados está seu ex-estrategista-chefe.

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Steve Bannon
Bannon deixa corte em Manhattan, após ser acusado de desviar recursosFoto: picture-alliance/AP Photo/E.M. Alvarez

O presidente dos EUA, Donald Trump, usou suas últimas horas no cargo para derrubar condenações e sentenças de prisão de vários políticos e empresários acusados de corrupção e outros crimes, concedendo dezenas de perdões presidenciais e comutando penas.

O mais famoso entre os perdoados é o seu ex-estrategista-chefe Steve Bannon, que recebeu um perdão presidencial antes mesmo de ser julgado, como confirma um comunicado da Casa Branca desta quarta-feira (20/01).

Bannon, de 66 anos, foi um dos principais conselheiros de Trump na campanha presidencial vitoriosa de 2016. Ele é acusado de desvio de fundos que foram angariados para a construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, uma das promessas de campanha de Trump.

"Steve Bannon está sendo perdoado por Trump por fraudar os próprios apoiadores de Trump que pagaram por um muro que Trump prometera que o México pagaria”, comentou o deputado democrata Adam Schiff. "Graças a Deus que são apenas mais 12 horas com esse bando de ladrões."

De forma incomum, Bannon, que foi preso em agosto, recebeu o perdão antes mesmo de ser julgado pela Justiça. O julgamento deverá começar em maio. Normalmente, presidentes concedem perdão a pessoas já condenadas. De acordo com o New York Times, Trump tomou a decisão de perdoar o seu antigo conselheiro no último minuto, depois de falarem ao telefone.

Longa lista de perdoados

Ao todo, Trump perdoou 73 pessoas e comutou a pena de outras 70, comunicou a Casa Branca. Eles se somam os vários perdões concedidos ao longo do ano passado, incluindo ex-aliados como Michael Flynn, Paul Manafort, Roger Stone, George Papadopoulos e Alex Van Der Zwaan.

A lista de perdoados desta quarta inclui um dos principais angariadores de fundos da campanha de Trump em 2016, Elliott Broidy, que foi processado por uma campanha de lobby ilegal, e o rapper americano Lil Wayne, que se declarou culpado no mês passado de uma acusação de posse de arma, pela qual enfrentou até dez anos de prisão.

Entre os perdoados estão ainda os ex-deputados republicanos Rick Renzi, do Arizona, que foi condenado a três anos de cadeia em 2013 por corrupção, Robert Hayes, da Carolina do Norte, que se declarou culpado de mentir ao FBI em 2019, e Randall Cunningham, da Califórnia, que se declarou culpado, em 2005, de receber propinas no valor de 2,4 milhões de dólares em contratos militares.

Trump também comutou a pena do democrata Kwame M. Kilpatrick, um ex-prefeito de Detroit que foi condenado em 2013 por corrupção.

AS/ap/lusa