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Trump criticado por não rechaçar apoio de ex-líder da KKK

29 de fevereiro de 2016

Pré-candidatos republicanos e democratas condenam postura do magnata, que evitou recusar explicitamente declaração de apoio dada por antigo líder da Ku Klux Klan.

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USA Alabama Präsidentschaftskandidat Donald Trump
Foto: Reuters/M. Gentry

O pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump foi alvo de críticas nesta segunda-feira (29/02) por não recusar explicitamente, durante uma entrevista à emissora de televisão americana CNN, o apoio do grupo racista Ku Klux Klan (KKK).

Ao ser questionado se rejeitaria o apoio que recebeu de lideranças da KKK, incluindo David Duke, um antigo líder da organização racista no Alabama que defende a "supremacia branca", o candidato respondeu apenas que não "sabia nada" sobre Duke.

"Eu não sei nada sobre o que você está falando sobre supremacia branca ou lideranças de supremacias brancas", disse Trump. Depois da entrevista, o magnata alegou que não escutou direito e, por isso, não entendeu a pergunta.

Duke afirmou aos seguidores de seu programa de rádio que votar contra Trump seria uma "traição à herança" americana. A recusa em rejeitar o apoio do antigo líder da KKK foi duramente criticada por outros pré-candidatos do Partido Republicano.

"Não podemos ser um partido que se recusa a condenar supremacias brancas e a Ku Klux Klan. Isso não é somente errado, mas o torna ilegível. Como vamos crescer como partido se nomearmos alguém que não repudia a Ku Klux Klan?", disse o senador da Flórida e pré-candidato Marco Rubio

O pré-candidato republicano e senador do Texas Ted Cruz também criticou a postura do magnata: "Devemos todos concordar que o racismo é errado e que a KKK é abominável."

A polêmica chegou também ao Partido Democrata. O pré-candidato Bernie Sanders criticou no Twitter a atitude de Trump. "O primeiro presidente negro dos EUA não será substituído por um semeador de discórdia que se recusa a condenar a KKK", escreveu.

A mensagem de Sanders foi compartilhada pela pré-candidata democrata Hillary Clinton.

A campanha de Trump é marcada por polêmicas. O candidato já propôs a proibição temporária da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, chamou imigrantes mexicanos de criminosos e insultou mulheres. Apesar das declarações, ele é favorito à indicação do Partido Republicano para concorrer à presidência.

Esta terça-feira será decisiva para os pré-candidatos na corrida presidencial. Primárias serão realizadas em mais de dez estados. Trump é o favorito entre os republicanos no sul do país, com exceção do Texas, estado onde Cruz tem sua base eleitoral.

CN/rtr/ap/lusa