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Tropas russas entram em Kharkiv

27 de fevereiro de 2022

Cidade é a segunda maior da Ucrânia. Ataques de mísseis atingem depósito de petróleo e gasoduto. Aliados ocidentais anunciam que excluirão bancos russos do sistema Swift. Acompanhe as últimas notícias.

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Incêndio em um depósito de petróleo em Vasylkiv, perto de Kiev
Incêndio em um depósito de petróleo em Vasylkiv, perto de KievFoto: Alisa Yakubovych//EPA-EFE
  • Forças russas entram em Kharkiv
  • Ataques russos atingem instalações de energia na Ucrânia
  • Aliados ocidentais vão excluir bancos russos do sistema Swift
  • Alemanha enviará armas pesadas à Ucrânia
  • Kiev: disposto a negociar, mas contra "condições inaceitáveis"
  • Hungria anuncia apoio a sanções contra Moscou
  • Ministério da Saúde ucraniano revela número de vítimas
  • Ucranianos deixam o país em massa

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília.

04:00 – Tropas russas entram em Kharkiv

Após uma noite de bombardeios, tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, perto da fronteira nordeste com a Rússia, informaram autoridades do governo local.

Anton Herashchenko, assessor do Ministério do Interior ucraniano, escreveu no Telegram que soldados russos foram vistos nas ruas da cidade.

O governador regional, Oleh Sinegubov, pediu que os moradores fiquem em casa, afirmando que as forças ucranianas estão lutando contra as tropas russas na cidade. "Os veículos leves do inimigo russo invadiram Kharkiv, incluindo o centro da cidade", disse Sinegubov. "Pedimos aos civis que não saiam."

As forças russas também disseram nas primeiras horas deste domingo que colocaram as cidades de Kherson, no sul, e Berdyansk, no sudeste, sob cerco.

"Nas últimas 24 horas, as cidades de Kherson e Berdyansk foram completamente bloqueadas pelas forças armadas russas", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, em comunicado.

02:30 – Ucrânia sob forte bombardeio

A autoridade nuclear da Ucrânia afirmou que um depósito de lixo radioativo fora de Kiev foi atingido por mísseis russos durante a noite. Por enquanto não há evidência de um vazamento radioativo, segundo o órgão. "O golpe foi na cerca. O prédio e os contêineres estão intactos." Assim que o local estiver seguro, inspetores deverão avaliar adequadamente os danos.

As forças russas atacaram várias cidades durante a noite. Na cidade de Vasylkiv, nos arredores de Kiev, o bombardeio incendiou um depósito de petróleo. "O inimigo quer destruir tudo", disse a prefeita da cidade, Natalia Balasinovich, em postagem nas rede sociais.

As autoridades alertaram os moradores para fecharem as janelas, porque o depósito em chamas estaria emitindo fumaça e gases tóxicos.

O Serviço de Comunicações Especiais do país disse que um gasoduto de gás natural também foi explodido em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

O Serviço de Emergência ucraniano disse que um prédio residencial de nove andares na cidade foi atingido por "artilharia inimiga". Uma pessoa morreu e outras 80 tiveram que ser resgatadas. A maioria dos moradores do prédio estava abrigada no porão.

01:25 – Trump volta atrás e condena invasão russa

Em uma mudança de postura, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia. Ele chamou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, de "um homem corajoso" e o elogiou por "aguentar firme".

"O ataque russo à Ucrânia é terrível, um ultraje e uma atrocidade que nunca deveria ter ocorrido", afirmou Trump, acrescentando que a guerra nunca teria acontecido se ele fosse presidente.

As observações contrastam fortemente com suas palavras no início da semana, quando ele chamou o presidente russo, Vladimir Putin, de "gênio" e disse que seus movimentos foram "muito inteligentes".

00:33 – Macron pede que Belarus expulse os russos

O presidente da França, Emmanuel Macron, instou o presidente belarusso, Alexander Lukashenko, a ordenar que as tropas russas deixem seu país. Em um telefonema entre os dois, Macron disse que a fraternidade entre os povos de Belarus e Ucrânia deve levar o governo belarusso a "se recusar a ser vassalo e cúmplice da Rússia na guerra contra a Ucrânia", afirmou o gabinete do líder francês.

A Rússia usou o território belarusso como trampolim para parte de seu ataque à Ucrânia. Neste sábado, a líder da oposição belarussa Svetlana Tsikhanouskaya expressou solidariedade a Kiev, afirmando à DW que a maioria das pessoas em seu país "não apoia esta guerra".

23:55 – Ucrânia agradece Alemanha por envio de armas

O embaixador ucraniano em Berlim, Andrij Melnyk, saudou a decisão da Alemanha de fornecer armas à Ucrânia. "Estamos felizes que a Alemanha tenha finalmente feito essa virada de 180 graus", afirmou ele à agência de notícias DPA, falando em um "passo histórico".

O governo alemão anunciou neste sábado o fornecimento a Kiev de 1.000 armas antitanques e 500 mísseis terra-ar Stinger. Até agora, Berlim vinha resistindo em mandar armas letais à Ucrânia, devido à sua política de longa data de não exportar armas para zonas de conflito.

"Sempre disse aos meus amigos alemães e ao governo alemão que eles não seriam capazes de suportar as terríveis imagens da guerra na Ucrânia por muito tempo sem reagir", disse Melnyk. "A tarefa agora é levar os sistemas de armas alemães aos defensores ucranianos o mais rápido possível." 

Ele também pediu que a Alemanha desempenhe um papel de liderança na elaboração de "um plano abrangente de resgate econômico" para a Ucrânia.

23:32 – Rússia restringe acesso às redes sociais

A Rússia parece ter restringido o acesso a algumas plataformas de mídia social na tentativa de impedir que cidadãos russos acessem informações sobre a situação na Ucrânia, afirma a última atualização da inteligência de defesa do Reino Unido.

Segundo o grupo de monitoramento de internet NetBlock, o acesso ao Twitter foi fortemente limitado e, em alguns casos, completamente bloqueado na Rússia neste sábado. Na sexta-feira, o órgão russo responsável por regular a mídia, o Roskomnadzor, já dissera que restringiria parcialmente o Facebook e o Instagram. Muitos vídeos e imagens da invasão viralizaram nas redes sociais. 

Enquanto isso, o grupo de hackers Anonymous afirmou que hackeou vários canais de TV estatais russos e estava transmitindo "a realidade do que está acontecendo na Ucrânia". O coletivo também reivindicou a responsabilidade por hackear os sites do Kremlin, do Ministério da Defesa e de outros órgãos do governo, mantendo-os fora do ar durante a maior parte deste sábado.

23:00 – Grandes explosões em instalações petrolíferas

Houve vários relatos de duas grandes explosões em diferentes partes da Ucrânia, enquanto as forças russas parecem estar atacando suprimentos vitais de combustível.

Um depósito de petróleo em Vasylkil, nos arredores de Kiev, foi atingido, com autoridades emitindo alertas sobre gases perigosos. O Serviço de Comunicações Especiais da Ucrânia disse que um incêndio estava fora de controle.

Um gasoduto também está em chamas em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, que foi palco de intensos combates neste sábado.

22:30 – Bolsonaro ratifica posição do Brasil na ONU, mas não cita Rússia

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que o voto do Brasil na ONU na sexta-feira, crítico à invasão russa à Ucrânia, mostra o posicionamento brasileiro sobre o conflito. Segundo ele, a posição do país em defesa da soberania e integridade territorial de todos os Estados "sempre foi clara".

"A posição do Brasil em defesa da soberania, da autodeterminação e da integridade territorial dos Estados sempre foi clara e está sendo comunicada através dos canais adequados para isso, como o Conselho de Segurança da ONU, e por meio de pronunciamentos oficiais", disse Bolsonaro em redes sociais.

O presidente, contudo, não mencionou a Rússia em seus comentários, tampouco criticou diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, pelas hostilidades.

22:10 – Elon Musk ativa serviço de internet por satélite sobre Ucrânia

O empresário Elon Musk afirmou que sua empresa SpaceX ativou o serviço de internet por satélite Starlink sobre a Ucrânia, onde a internet sofreu interrupções em meio à invasão russa. O Starlink transmite sinais de internet de alta velocidade a partir de satélites no espaço, mas ainda não está disponível em todo o mundo.

"O serviço Starlink agora está ativo na Ucrânia. Mais terminais a caminho", disse Musk no Twitter. Ele respondia a um tuíte de uma autoridade do governo ucraniano que pediu ao empresário que fornecesse estações do Starlink ao país.

"Elon Musk, enquanto você tenta colonizar Marte – a Rússia tenta ocupar a Ucrânia! Enquanto seus foguetes pousam com sucesso do espaço – foguetes russos atacam civis ucranianos! Pedimos que você forneça à Ucrânia estações do Starlink", escrevera Mykhailo Fedorov, vice-primeiro-ministro da Ucrânia.

21:35 – Batalha por Kiev se intensifica

Sirenes de ataque aéreo puderam ser ouvidas ao cair da noite em Kiev. O toque de recolher está em vigor até segunda-feira na capital ucraniana. Muitos moradores buscam abrigo em estações de metrô.

Um pequeno número de tropas russas já estaria dentro de Kiev. Segundo Reino Unido e Estados Unidos, porém, a maior parte das forças russas ainda estava a 30 quilômetros do centro da cidade na tarde deste sábado.

A agência de notícias Reuters citou testemunhas em Kiev que relataram explosões e tiros ocasionais na cidade. O gabinete do presidente Volodimir Zelenski disse que uma explosão atingiu um depósito de petróleo ao sul da capital nas primeiras horas de domingo (horário local).

20:53  – Johnson e Zelenski dizem que Rússia encontrou resistência maior que esperava

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, conversou na noite deste sábado com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e ambos concordaram que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está enfrentando mais resistência do que ele esperava.

Na conversa, Johnson destacou ainda o "incrível heroísmo e coragem do presidente Zelenski e do povo ucraniano".

Johnson também falou do apoio do Reino Unido à Ucrânia e do progresso dos parceiros internacionais em responsabilizar a Rússia por "sua campanha de destruição".

20:28  – Mais de 460 presos em protestos na Rússia

Centenas de russos saíram às ruas para protestar neste sábado contra a invasão na Ucrânia. Pelo menos 460 pessoas foram presas em 34 cidades, informou o portal de direitos civis Owd-Info.

Na quinta-feira, o Owd-Info relatou cerca de 1.800 prisões e, na sexta-feira, mais de 400.

Uma petição contra o ataque russo à Ucrânia já reúne mais de 780.000 assinaturas.

Várias pessoas, lado a lado, parecem cantar.
Em São Petersburgo dezenas de pessoas se reuniram para protestar contra a guerra na UcrâniaFoto: Dmitri Lovetsky/AP/dpa/picture alliance

19:53 – Alemanha fechará espaço aéreo para aviões russos

O ministro dos Transportes da Alemanha, Volker Wissing, disse que o país prepara o fechamento de seu espaço aéreo para aviões russos.

Paralelamente, a companhia aérea alemã Lufthansa disse que interrompeu os voos para a Rússia e deixará de sobrevoar o país pelos próximos sete dias. A holandesa KLM anunciou uma medida semelhante no início do dia.

Mais cedo, Estônia, Letônia e Lituânia anunciaram que também proibirão aeronaves russas em seus espaços aéreos. "Não há voos para aviões agressores no céu da liberdade", tuitou a primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, após uma reunião do governo. Em retaliação, a Rússia anunciou o fechamento do espaço aéreo para estes países. 

Na sexta-feira, Polônia, Reino Unido, Bulgária e República Tcheca anunciaram medidas semelhantes.

19:17 – Aliados ocidentais vão excluir bancos russos do sistema Swift

Em resposta à grande ofensiva russa na Ucrânia, Alemanha, EUA, França, Canadá, Itália, Reino Unido e a Comissão Europeia decidiram conjuntamente sobre novas sanções financeiras contra a Rússia. Todos os bancos russos que já foram sancionados pela comunidade internacional serão excluídos do sistema internacional de pagamentos Swift, anunciou o porta-voz do governo alemão Steffen Hebestreit.

Se necessário, outros bancos russos devem ser adicionados à lista. Com isso, pretende-se cortar essas instituições dos fluxos financeiros internacionais.

Os Estados-membros da UE, os EUA e o Reino Unido também querem restringir ainda mais as possibilidades do banco central russo de apoiar a taxa de câmbio do rublo (a moeda russa) com transações financeiras internacionais.

"Todas essas medidas prejudicarão significativamente a capacidade de Putin de financiar sua guerra. Elas terão um impacto erosivo na economia. Putin embarcou em um caminho destinado a destruir a Ucrânia, mas o que ele também está fazendo, na verdade, é destruir o futuro de seu próprio país", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em um pronunciamento ao vivo na noite deste sábado.

18:47 – França enviará mais equipamentos militares à Ucrânia

A França anunciou neste sábado que enviará à Ucrânia equipamentos de defesa e combustível e tomará medidas para congelar os ativos financeiros de personalidades russas no país, além de lutar contra a propaganda russa.

Um Conselho de Segurança e Defesa Nacional, liderado pelo presidente Emmanuel Macron, decidiu fortalecer as sanções econômicas contra a Rússia em coordenação com aliados europeus e os Estados Unidos, anunciou o Palácio do Eliseu.

As autoridades francesas, porém, continuaram sem dar detalhes sobre o material militar que enviará para a Ucrânia, embora antes da reunião uma fonte do Eliseu tenha salientado que se trata de equipamento "de defesa", citando os mísseis antitanque como um exemplo.

18:30 – Ligado a Putin, Roman Abramovich entrega comando do Chelsea

O dono do time de futebol inglês Chelsea, o russo Roman Abramovich, informou neste sábado que entregou a administração e os cuidados do clube aos responsáveis pela fundação beneficente do clube.

Em um comunicado, Abramovich, disse que a instituição de caridade estava "em melhor posição" para cuidar dos interesses do clube.

A medida, segundo a imprensa britânica, foi tomada em meio ao desconforto do Reino Unido com a invasão russa da Ucrânia.

"Durante meus quase 20 anos como proprietário do Chelsea FC, sempre vi meu papel como guardião do clube, cujo trabalho é garantir que tenhamos o maior sucesso possível, assim como construir para o futuro, ao mesmo tempo desempenhando um papel positivo em nossas comunidades", afirma a nota de Abramovich.

"Sempre tomei decisões tendo em mente os melhores interesses do clube. Continuo comprometido com esses valores. É por isso que hoje dou aos curadores da fundação beneficente do Chelsea a administração e os cuidados do Chelsea FC", acrescenta.

Abramovich, considerado muito próximo do Kremlin e do presidente russo, Vladimir Putin, continuará sendo dono do Chelsea, mas não estará envolvido em nenhuma tomada de decisão no clube.

Segundo a imprensa, Abramovich teria tomado a decisão de proteger o Chelsea em meio ao conflito na Ucrânia.

17:22 – Papa telefona para Zelenski

O papa Francisco telefonou para o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, para expressar sua "profunda dor" pela guerra no país desencadeada pela Rússia. 

"O Santo Padre expressou a sua mais profunda tristeza pelos trágicos acontecimentos que estão ocorrendo no nosso país", informou a embaixada da Ucrânia junto à Santa Sé nas redes sociais. 

Zelenski agradeceu ao Papa "por rezar pela paz na Ucrânia e pelo cessar-fogo", afirmando ainda que "o povo ucraniano sente o apoio espiritual de Sua Santidade". 

Na sexta-feira, o Papa foi à embaixada da Rússia na Santa Sé para se encontrar com o embaixador, Alexander Avdeev, e expressar a sua preocupação pelo ataque da Rússia à Ucrânia. 

Momentos depois teve uma conversa telefônica com o chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Sviatoslav Shevchuk, a quem garantiu que fará "tudo o que puder". 

Neste sábado, Francisco também pediu paz para que o mundo esteja protegido da "loucura da guerra", tendo publicado uma mensagem nas redes sociais em vários idiomas, incluindo o russo e o ucraniano. 

16:50 – FAB coloca dois aviões de prontidão para trazer brasileiros da Ucrânia

Dois aviões multimissão KC-390 Millenium da Força Aérea Brasileira (FAB) foram colocados de prontidão para um possível transporte de brasileiros evacuados da Ucrânia. 

"As aeronaves são do mesmo modelo utilizado em outras missões humanitárias internacionais: o transporte de donativos para as vítimas da explosão em Beirute, capital do Líbano, em 2020; e o apoio emergencial à tragédia causada pelo terremoto ocorrido em agosto de 2021 no Haiti", informou a FAB pelo Twitter.

Ainda não foram divulgados detalhes sobre onde, quando ou como será feita a retirada dos brasileiros, entre eles dezenas de jogadores que atuam no futebol ucraniano. 

15:26  – Alemanha enviará 1.000 armas antiataque e 500 mísseis Stinger à Ucrânia

A Alemanha enviará à Ucrânia 1.000 armas capazes de destruir veículos de combate e 500 mísseis terra-ar dos estoques das Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr). A informação foi anunciada pelo chanceler federal, Olaf Scholz, pelo Twitter.

"O ataque russo marca um ponto de virada. É nosso dever fazer o nosso melhor para apoiar a Ucrânia em sua defesa contra o exército invasor de Putin. É por isso que estamos entregando 1.000 armas antitanque e 500 mísseis Stinger para nossos amigos na Ucrânia", escreveu Scholz.

O porta-voz do governo Steffen Hebestreit disse que as armas serão entregues o mais rapidamente possível para apoiar os militares ucranianos.

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Deutschland | Soldaten mit Panzerfaust
Soldado alemão segura bazuca semelhante às armas que serão enviadas pela Holanda à UcrâniaFoto: Sebastian Gollnow/dpa/picture alliance

14:30 – EUA estimam que metade das tropas russas na fronteira entrou na Ucrânia

Os Estados Unidos estimam que mais de 50% do poder de combate russo reunido ao longo das fronteiras da Ucrânia já tenha entrado no país, informou a agência de notícias Associated Press, citando um alto funcionário da defesa dos EUA.

O número é superior a uma estimativa dos EUA feita na sexta-feira, de que um terço da força russa teria adentrado na Ucrânia.

O funcionário, que falou sob condição de anonimato, não especificou quantos soldados russos estariam dentro da Ucrânia, mas Washington estimou a força total russa perto do país em mais de 150.000 mil homens.

A autoridade disse que o avanço das forças russas estava a cerca de 30 quilômetros de Kiev neste sábado, e que um número não especificado de "elementos de reconhecimento" militares russos havia entrado na capital.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa do Reino Unido disse que a velocidade do avanço russo diminuiu temporariamente "provavelmente como resultado de agudas dificuldades logísticas e forte resistência ucraniana".

13:50 – Romênia fecha o espaço aéreo para aeronaves russas

O governo da Romênia ordenou o fechamento do seu espaço aéreo a todas as aeronaves russas, juntando-se assim a Reino Unido, Polônia, República Tcheca e Bulgária.

"A partir das 15h [10h de Brasília], o espaço aéreo da Romênia foi fechado para todos os voos regulares, aterrissando ou não nos aeroportos do país, de aeronaves de operadores registrados na Federação Russa", anunciou a Autoridade Aeronáutica Civil Romena em um comunicado.

A proibição não se aplica "a voos humanitários e de emergência", acrescenta o texto oficial. Membro da Otan desde 2004, a Romênia compartilha mais de 600 quilômetros de fronteira fluvial, marítima e terrestre com a Ucrânia.

13:24 – Alemanha muda postura e autoriza envio de armas a Ucrânia

Em uma mudança repentina de postura, a Alemanha autorizou o envio de 400 lançadores de granadas à Ucrânia via países terceiros, segundo informações da rede de televisão pública alemã ARD.

Até agora, a Alemanha vinha se mantendo irredutível em não permitir que armas letais de fabricação alemã fossem enviadas à Ucrânia, uma política de longa data aplicada também a outros países. No entanto, em meio a críticas de várias nações, inclusive da própria Ucrânia, e à pressão de aliados da União Europeia e da Otan, mudou a postura. 

Países do bloco europeu já haviam externado a intenção de enviar armas à Ucrânia, mas não podiam fazê-lo sem a autorização da Alemanha.

A autorização deste sábado pode significar um rápido aumento na assistência militar europeia para a Ucrânia, já que grande parte das armas e munições do continente são fabricadas na Alemanha, dando a Berlim o controle legal sobre sua transferência. 

Isso, porém, não significa necessariamente que todos os pedidos de envio de armas passarão a ser aprovados por Berlim.

12:55 – Alemanha recebe primeiros refugiados ucranianos

Os primeiros refugiados da guerra da Rússia contra a Ucrânia chegaram à Alemanha, de início em números modestos. Na fronteira polonesa, próximo a Görlitz, menos de uma dezena se apresentou, segundo porta-voz da Polícia Federal em Pirna, Saxônia.

No estado de Brandemburgo, em que Berlim está inserido, até a tarde deste sábado (hora local), o centro de acolhimento inicial de Eisenhüttenstadt recebeu seis refugiados. A cidade de Hamburgo já registrou quatro chegadas do país em guerra.

Na sexta-feira, o chanceler federal, Olaf Scholz, e os governadores estaduais da Alemanha discutiram a possível admissão de refugiados. Apenas Brandemburgo está se preparando para pelo menos 10 mil ucranianos; a Turíngia pode acolher cerca de 3 mil, enquanto a Baixa Saxônia trabalha para ampliar suas capacidades.

Refugiados chegam a fronteira com Ucrânia em Korczowa, Polônia
Fronteira com Ucrânia em Korczowa, PolôniaFoto: Czarek Sokolowski/AP Photo/picture alliance

11:40 – Kremlin responsabiliza Ucrânia por continuação de ofensivas

Segundo o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria ordenado na sexta-feira a suspensão da ofensiva militar na Ucrânia, aguardando resposta sobre um processo de negociação para acabar com a guerra.

Apesar disso, os confrontos contra grupos de "nacionalistas" pró-russos teriam continuado em várias partes da Ucrânia. Na ausência de uma resposta de Kiev, Putin teria então determinado a continuação da operação bélica, afirmou o representante do Kremlin.

A versão ucraniana difere da divulgada pelo Kremlin: neste sábado, Kiev negou ter se recusado a negociar um cessar-fogo com Moscou, mas ressalvou que não se dispõe a aceitar ultimatos nem condições inaceitáveis.

À agência de notícias Reuters, o consultor do gabinete presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak assegurou que Kiev estava aberto para negociações, porém foi confrontado pelo Kremlin com condições impraticáveis.

"Foi ontem que as ações agressivas das forças armadas da Federação Russa escalaram, culminando em ataques em massa, aéreos e por mísseis, contra cidades ucranianas, durante a noite e a madrugada. Consideramos tais ações simplesmente uma tentativa de dobrar a Ucrânia e forçá-la a aceitar condições categoricamente inaceitáveis."

O porta-voz do presidente ucraniano Volodimir Zelenski, Sergii Nykyforov, argumentou, em sua conta no Facebook que "quanto mais cedo as negociações começarem, melhores serão as chances de um retorno à normalidade".

10:30 – Premiê Orbán apoiará sanções da UE contra Rússia

Budapeste apoiará todas as medidas punitivas da União Europeia contra a Rússia, declarou o primeiro-ministro Viktor Orbán na fronteira húngaro-ucraniana, neste sábado,. "A Hungria deixou claro que respaldamos todas as sanções, portanto não bloquearemos nada. Então, o que os chefes de governo da UE conseguirem acordar, nós apoiaremos", declarou à imprensa, segundo a agência de notícias Reuters.

"Esta é a hora de estar unidos, é uma guerra", afirmou Orbán, completando que os esforços de paz são a coisa mais importante. Essa tomada de posição representa um golpe para a campanha bélica do presidente russo, Vladimir Putin, contra a vizinha Ucrânia, já que o populista de direita  húngaro conta, até então, entre os aliados mais fiéis de Moscou na UE.

09:40 – Baixas russas possivelmente maiores do que admite Kremlin, relata Reino Unido

As forças russas prosseguem seu avanço sobre Kiev, estando a cerca de 30 quilômetros do centro da capital ucraniana. Através da sua conta no Twitter, informou o Ministério da Defesa do Reino Unido neste sábado, no Twitter. Por outro lado, a Rússia ainda não tem o controle do espaço aéreo sobre a Ucrânia, o "que reduz grandemente a eficácia da força aérea russa".

"As Forças Armadas da Ucrânia continuam a oferecer uma resistência firme em todo o país", prossegue a pasta da Defesa britânica, com base em informações de seus serviços secretos, acrescentando ser "possível que as baixas do lado russo sejam mais numerosas do que o antecipado e reconhecido pelo Kremlin".

Manifestantes portando cores da bandeira ucraniana e cartaz "Suspendam o Swift para Rússia"
Manifestação na Suíça: cresce pressão internacional por sanções contra MoscouFoto: SALVATORE DI NOLFI/KEYSTONE/picture alliance

08:45 – Rússia destrói mais de 800 alvos militares ucranianos

O porta-voz do Ministério da Defesa russo informou que 821 instalações militares da Ucrânia foram atacadas com mísseis de cruzeiro russos, nas primeiras horas deste sábado:"Durante a noite, as Forças Armadas russas usaram armas de alta precisão contra a infraestrutura militar da Ucrânia, que destruíram com mísseis de cruzeiro terrestres e navais", disse Igor Konashenkov.

Além disso, teriam sido destruídos sete aviões, sete helicópteros, nove drones e oito barcos de combate ucranianos, assim como 87 tanques e veículos blindados, 28 lançadores múltiplos e 118 veículos e equipamentos militares. O ministério acrescentou as forças russas tomaram a cidade de Melitopol, no sul da Ucrânia, onde estariam tomando "todas as medidas para garantir a segurança da população civil e evitar provocações dos serviços secretos ucranianos e de nacionalistas".

Por seu lado, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que nas últimas horas aumentaram as perdas de tropas inimigas, com o abate de 14 aviões e de oito helicópteros, e a destruição de 102 tanques e 536 veículos blindados. A entidade militar da Ucrânia registra ainda a morte de mais de 3 mil soldados russos nos combates, noticiou a agência EFE.

08:00 – Ucrânia contará também com armas tchecas

A República Tcheca enviará para a Ucrânia metralhadoras, espingardas automáticas e de precisão, pistolas e munições no valor de 7,6 milhões de euros. "O governo aprovou hoje ajuda adicional à Ucrânia que enfrenta um ataque russo", anunciou a ministra da Defesa Jana Cernochova no Twitter, no terceiro dia da invasão russa da Ucrânia.

"O Ministério da Defesa se encarregará também do transporte para um local determinado na Ucrânia. A nossa ajuda não está terminada", acrescentou. Em janeiro, o executivo de Praga já aprovara uma doação a Kiev de 4 mil ogivas de artilharia no valor de 1,5 milhão de euros.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, anunciou neste sábado que os parceiros ocidentais do seu país entregariam armas e equipamento, sem especificar a origem do material. A França e a Holanda também já se comprometeram a colaborar com Kiev nesse sentido.

06:50 – Quase 200 mortos e mais de mil feridos no conflito

O número de mortos desde que começou a invasão russa da Ucrânia chega a 198, incluindo três crianças, além de 1.115 feridos, sendo 33 crianças, comunicou o ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko, neste sábado, em mensagem no Facebook.

O presidente russo, Vladimir Putin, alega que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o país vizinho, sendo a única maneira de a Rússia se defender. Segundo  o Kremlin, a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

06:30 – Milhares de ucranianos buscam refúgio em país vizinho

Cerca de 20 mil habitantes da Ucrânia já se refugiaram na Romênia, desde que o exército russo lançou uma ofensiva militar contra o regime de Kiev, informaram autoridades romenas neste sábado.

De acordo com informações da agência EFE, a passagem de fronteira mais movimentada é a que liga o oblast (província) ucraniano de Chernivtsi, no sudoeste do país, com a província romena de Suceava.

Segundo assistentes sociais da cidade fronteiriça de Siret, no lado romeno, há uma fila de até 35 quilômetros do outro lado da fronteira. A forças policiais ucranianas estão deixando passar os carros e ônibus espaçadamente, num máximo de cinco a dez pessoas a cada meia hora.

Militares e carro incendiado em rua de Kiev
Militares ucranianos combatem em KievFoto: Emilio Morenatti/AP Photo/picture alliance

04:40 – Zelenski anuncia mais armas do Ocidente para a Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou neste sábado que "parceiros" enviariam mais armas para ajudar Kiev a combater os militares russos, e que havia conversado ao telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron.

"Um novo dia na frente diplomática começou com uma conversa com Emmanuel Macron", escreveu Zelenski no Twitter. "Armas e equipamentos dos nossos parceiros estão a caminho da Ucrânia. A coalizão antiguerra está funcionando!".

Macron, por sua vez, afirmou a jornalistas na França que o mundo precisa se preparar para uma longa guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

04:20 – Assessor de Zelenski ressalta resistência ucraniana

Mykhailo Podolyak, assessor do presidente Volodimir Zelenski, afirmou neste sábado que há muitos confrontos em Kiev e no sul do país, mas que os militares ucranianos estariam tendo sucesso em repelir os ataques russos.

Podolyak disse que pequenos grupos de forças russas se infiltraram em Kiev e entraram em confronto com militares ucranianos. Ele afirmou que Moscou deseja assumir o controle da capital e destruir a atual liderança do país, mas que os militares russos não obtiveram ganhos.

Segundo Podolyak, as forças russas estão priorizando o sul do país, onde há intensos combates nos portos de Mykolaiv, Odessa e Mariupol, mas não conseguiram obter vitórias significativas. "A Ucrânia não somente resistiu. A Ucrânia está vencendo", afirmou.

Já o Ministério da Defesa russo afirmou na manhã de sábado que seus militares haviam assumido o controle da cidade de Melitopol, que tem cerca de 150 mil habitantes e também fica no sul da Ucrânia. Se confirmado, seria a primeira cidade relevante a cair sob o domínio de Moscou desde o início da invasão, há três dias.

04:10 – Russos teriam assumido controle de usina hidrelétrica próxima a Kiev

A agência de notícias ucraniana Interfax informou no sábado, citando o ministro da Energia da Ucrânia, que militares russos haviam tomado o controle de uma usina hidrelétrica que fica ao norte de Kiev. 

Mais tarde, o jornal Kyiv Independent informou que militares ucranianos haviam recuperado o controle da hidrelétrica após uma batalha intensa.