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Tropas de Assad adentram reduto do EI na Síria

4 de junho de 2016

Governo sírio perdeu em 2014 o controle da província de Raqqa, cuja principal cidade virou capital do "Estado Islâmico" no nordeste do país. Outras ofensivas intensificam os combates entre militares e extremistas.

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Combates em Raqq, Síria
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Kots

As tropas do presidente sírio Bashar al-Assad conseguiram adentrar a província de Raqqa, reduto do grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) na Síria, segundo informaram organizações e agências internacionais neste sábado (04/06).

Forças do governo perderam o controle da região há dois anos, quando o EI capturou a base aérea de Tabqa, matando dezenas de militares sírios. Os jihadistas declararam a cidade de Raqqa, capital da província, como sua própria capital no nordeste da Síria.

Citando o grupo xiita Hisbolá, que luta ao lado das forças de Assad, a agência de notícias Associated Press afirma que as tropas sírias chegaram à divisa de Raqqa no sábado à tarde, após avançar cerca de seis quilômetros.

Os militares iniciaram o avanço em direção à província na quarta-feira, mesmo dia em que as forças rebeldes apoiadas pelos EUA lançaram um ataque contra Manbij, outro reduto do EI, a cerca de 115 quilômetros de Raqqa. Não se sabe se os ataques foram coordenados.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, as tropas de Assad contaram com o apoio de ataques aéreos russos durante a ofensiva, quando foram destruídas regiões da província de Hama, que faz divisa com Raqqa. Ainda de acordo com a ONG, nos três dias de confrontos até chegar à região, foram mortos 26 combatentes do EI e nove soldados do Exército ou pró-governo.

Os combatentes do grupo terrorista também estão envolvidos em batalhas ferozes em Marea, cidade a cerca de 70 quilômetros de Manbij. O EI cercou o local, mas não conseguiu tomar a cidade, controlada por forças rebeldes e pela Frente Al-Nusra, um ramo da Al Qaeda.

Além das batalhas em Raqqa, Manbij e Marea, o "Estado Islâmico" também participa de confrontos em seu reduto em Fallujah, no Iraque. Forças iraquianas, que lançaram ofensiva no local há quase duas semanas, dizem já se encontrar nos limites da cidade.

Enquanto isso a violência em Aleppo, maior cidade síria, causou novas mortes neste sábado. A TV estatal síria afirmou que o bombardeio em partes de Aleppo controladas pelo governo deixou 22 mortos e 23 feridos, enquanto ativistas da oposição falam em dezenas de mortes em bairros controlados pelos rebeldes.

Aleppo tem sido palco de violentos combates, mesmo durante uma trégua intermediada pelos EUA e Rússia, que entrou em vigor no fim de fevereiro, durando apenas poucas semanas.

EK/ap/dpa/rtr