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Tribunal condena acusados de integrar rede de pedofilia

11 de setembro de 2020

Condenados à prisão, homens foram descobertos na maior investigação sobre abuso sexual infantil da história do país. Mais de 200 suspeitos de pedofilia já foram identificados.

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Homem condenado por pedofilia esconde o rosto em tribunal na Alemanha
Segundo os promotores, os dois condenados cometeram alguns dos abusos juntosFoto: picture-alliance/dpa/R. Weihrauch

Um tribunal de Mönchengladbach condenou nesta sexta-feira (11/09) dois homens acusados por abuso sexual e distribuição de pornografia infantil em um dos julgamentos relacionados à maior investigação sobre pedofilia da história da Alemanha.

Ambos os homens tem 39 anos e foram condenados a 13 anos e meio e a 14 anos e meio de prisão por abuso sexual grave de menores e por distribuir e possuir pornografia infantil. A pena máxima para esses tipos de crime na Alemanha é de 15 anos de detenção.

O julgamento começou em 29 de abril e faz parte de uma série de investigações que foi desencadeada após a descoberta de uma enorme rede online de pornografia infantil a partir da busca na casa de um suspeito na cidade alemã de Bergisch Gladbach no ano passado.

Segundo os promotores, os dois condenados cometeram alguns dos abusos juntos. As vítimas eram a filha de um deles, de 11 anos, que havia sendo abusada desde 2016, e a sobrinha do outro.

Um deles confessou todos os crimes após ter sido preso em novembro do ano passado. O outro confessou apenas um dos crimes e permaneceu em silêncio sobre a acusação de integrar um esquema organizado de pornografia infantil.

Os homens filmavam e fotografavam os abusos. Em ambos os casos, as mães das vítimas não sabiam dos abusos. Eles faziam parte de uma rede de pedofilia da qual mais de 200 suspeitos já foram identificados em toda a Alemanha.

A rede foi descoberta em outubro do ano passado, após uma busca na casa de cozinheiro de 42 anos de Bergisch Gladbach, cujo julgamento começou em agosto. Ele é acusado de abusar sexualmente, de forma repetida, da filha nascida em 2017, quando sua esposa, mãe da menina, não estava por perto. A acusação afirma que ele filmou a maior parte dos abusos e compartilhou as gravações e fotos em grupos de bate-papo. Os abusos teriam começado quando a criança tinha menos de 3 meses.

Durante buscas em sua casa em Bergisch Gladbach, a polícia encontrou vários terabytes de vídeos e imagens. Atualmente 130 investigadores ainda estão vasculhando terabytes de arquivos, embora em determinados momentos estiveram envolvidos muitos mais policiais, que tiveram que assistir a cenas de extrema violência sexual contra menores de idade.

CN/afp/dw