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Tentativa de fuga deixa mortos em presídio do Pará

11 de abril de 2018

Grupo armado tenta invadir unidade para resgatar detentos e entra em confronto com batalhão penitenciário na região metropolitana de Belém. Entre os mortos estão presos e um agente prisional.

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Presídio na região Norte do país: Brasil foi palco de série de massacres em prisões no ano passadoFoto: Getty Images/M. Tama

A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) do Pará afirmou que 15 presos, cinco homens que tentavam resgatá-los e um agente morreram na tarde desta terça-feira (10/04) após uma "tentativa de fuga em massa" do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará 3, no Complexo Prisional de Santa Izabel, região metropolitana de Belém.

Segundo informações oficiais, um grupo externo armado invadiu o complexo e usou explosivos em um dos muros do pavilhão C para facilitar a fuga. Do lado de dentro, parte dos detentos também estaria portando armas. Houve troca de tiros entre o grupo armado, os presos e o batalhão penitenciário.

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Até agora foi confirmada a morte de um agente penitenciário de 57 anos e de outras 20 pessoas, entre detentos e integrantes do grupo que tentou fazer o resgate do presos. Nenhum deles teve a identidade revelada. Outros quatro agentes de segurança também ficaram feridos, e um deles está em estado grave.

A Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar deslocou efetivo tático para reforçar a segurança do complexo. A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) ainda não confirma se houve fuga de presos na ação. A recontagem de detentos e uma revista nas dependências estão sendo realizadas na unidade. Autoridades também realizam buscas aos que atuaram na tentativa de resgate.

A Segup informa ainda que já começaram investigações para apurar que grupos agiram nesse episódio e como ocorreu a entrada de armas na unidade, além das circunstâncias em que ocorreram as trocas de tiros durante a tentativa de resgate de presos. A secretaria confirmou ainda a apreensão de armas que estavam com o bando que tentou invadir o complexo, incluindo dois fuzis, três pistolas e dois revólveres.

O centro carcerário atacado conta com 659 reclusos, apesar da capacidade para 432 e, além da elevada aglomeração, suas condições sanitárias são consideradas deficientes pelas organizações de defesa dos direitos humanos.

No início do ano passado, o Brasil foi palco de uma série de matanças em diferentes presídios da região Norte e Nordeste. Os massacres provocaram a morte de 125 detentos em prisões de Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte. No final de janeiro de 2018, um confronto na cadeia pública de Itajapé, no norte do Ceará, resultou na morte de dez detentos.

JPS/abr/efe

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