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Tensões EUA-China minam acordo da Asean

4 de novembro de 2015

Disputa territorial no Mar da China Meridional leva à suspensão de declaração conjunta após cúpula de países do Sudeste Asiático. Pequim insiste em direitos soberanos sobre quase toda a região, o que Washington rejeita.

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Navio militar dos EUA no Mar da China MeridionalFoto: Reuters/U.S. Navy

O Ministério da Defesa da China disse nesta quarta-feira (04/11) que "certos países" de fora do Sudeste Asiático são responsáveis pela suspensão de uma declaração conjunta no fim de um fórum de defesa regional em Kuala Lumpur, na Malásia.

A acusação diplomática provavelmente é uma referência aos EUA, envolvido numa disputa sobre o direito de suas embarcações militares e de carga navegarem no estratégico Mar da China Meridional.

Tanto o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, quanto o ministro da Defesa da China, Chang Wanquan, participaram do encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) para discutir questões de defesa regional.

Carter havia dito a Chang numa reunião bilateral nesta terça-feira que embarcações dos EUA continuariam navegando nas águas que a China afirma serem seu território e onde vem construindo ilhas artificiais para apoiar suas reivindicações.

Pequim insiste que tem direitos soberanos sobre quase todo o Mar da China Meridional – águas estratégicas e ricas em recursos pelas quais transita cerca de um terço do petróleo comercializado no mundo. Washington rejeita a reivindicação chinesa.

A disputa no Mar da China Meridional tornou-se um ponto de atrito regular em comunicados emitidos após cúpulas da Asean. Tensões militares ameaçaram se acirrar na semana passada, quando os EUA enviaram um navio de guerra às proximidades de ilhas construídas artificialmente na região. Pequim considerou a manobra uma "ameaça à soberania chinesa".

LPF/afp/rtr