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Indústria do aço

30 de dezembro de 2007

Após dois anos de recordes, previsão é que produção da siderurgia alemã deve estagnar em 2008. Mas Associação Alemã da Indústria do Aço demonstra otimismo.

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Foto: AP

Segundo os prognósticos da associação alemã de empresas do setor, um dos motivos desta estagnação é a desvalorização do dólar, que deverá prosseguir no novo ano, atingindo principalmente clientes importantes como a indústria automobilística e de máquinas.

Em 2008 serão produzidas 48,5 milhões de toneladas de aço cru, afirmou Dieter Ameling, presidente da Stahl, a Associação Alemã da Indústria do Aço, à agência alemã alemã de notícias DPA. No ano que se encerra, segundo ele, a produção das aciarias na Alemanha deverá ficar em 48,6 milhões de toneladas.

Compensar com exportações

"A indústria automobilística, uma de nossas principais clientes, está sofrendo uma forte retração na tendência de compras", acentuou, acrescentando que outro motivo são as preocupações acerca das novas normas de emissões de CO2. Estes fatores estariam sendo compensados por um aumento no volume de exportações. Outro fator de risco, segundo Ameling, são as consequências da crise financeira mundial.

Apesar disso, Ameling tranquiliza: não estão previstas demissões entre os 90,5 mil funcionários do setor na Alemanha. Os motivos do otimismo dos empresários são a China e outras nações asiáticas, que continuam crescendo, completou.

Fusão BHP Billinton e Rio Tinto

Quanto a uma eventual fusão entre a australiana BHP Billiton e a anglo-australiana Rio Tinto, Ameling defende que ela seja proibida pela Comissão Européia. Caso contrário, segundo ele, seria criada uma gigante ainda maior no comércio mundial, ao lado da brasileira Companhia Vale do Rio Doce.

Ele lembra que já hoje as três empresas são as principais exportadoras de minério de ferro, dominando três quartos do mercado mundial. Ameling acredita que também as produtoras de aço deverão participar mais do processo de consolidação de empresas de matérias-primas, visando o acesso às suas reservas.

Segundo ele, este processo de consolidação deverá continuar. As cinco maiores produtoras de aço dominam hoje 20% do mercado mundial, em outros setores, como na indústria de alumínio ou de automóveis, as cinco maiores dominam mais de 50%, assinalou Ameling, acrescentando que na China a necessidade de fusões é maior. (rw)