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Streaming e pandemia distanciam jovens do cinema

Oliver Glasenapp
11 de março de 2021

[Vídeo] "Há uma geração para a qual as imagens em movimento são todas iguais, não importa onde sejam assistidas. Isso certamente é um problema," comenta Alfred Holighaus, que trabalha com distribuição de filmes.

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Há 125 anos, os irmãos Lumière certamente não imaginavam que a exibição do filme A chegada de um trem à estação assustaria o público na época. Parecia tão real, que os espectadores pensaram que o trem iria entrar pelo café onde o filme estava sendo exibido. Mas e hoje, o que o cinema tem a oferecer? "Um efeito desse hoje em dia só com uma luta entre King Kong e Godzilla", brinca Alfred Holighaus, distribuidor de filmes.

O YouTube, por exemplo, é uma máquina de publicidade e seria perfeito se depois todos corressem para os cinemas. Mas o fato é que muitos espectadores mais jovens não veem diferença entre os dois meios. "Há uma geração para a qual as imagens em movimento são todas iguais, não importa onde sejam assistidas. Alguns jovens nunca foram ao cinema ou viram o filme errado e disseram: 'Não faz diferença assistir aqui ou ali'. Isso certamente é um problema."

E nem mesmo James Bond pode mudar a situação. A estreia do novo filme do agente secreto está há meses sendo adiada devido à pandemia e já existem até memes do ator Daniel Craig na estreia do filme com 85 anos de idade. A última notícia é que deve estrear em outubro deste ano. Seria a saga da estreia de James Bond um símbolo da crise em toda a indústria cinematográfica? Alfred Holighaus não tem dúvida de que o cinema vai sobreviver: "Seguimos há 2 mil anos assistindo ao teatro da mesma forma e ele não desapareceu. Não se preocupem."