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Os curdos e o PKK

Agências (rw)11 de julho de 2008

Os curdos são o maior grupo étnico do mundo que não dispõe de Estado próprio. O objetivo do PKK é a autonomia no sudeste da Turquia. Na Alemanha o PKK é proibido desde 1993.

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Duas mulheres recolhem lenha na região curda entre a Turquia e o IraqueFoto: AP

Os curdos são o maior grupo étnico do mundo que não dispõe de um Estado próprio. Segundo a Sociedade de Povos Ameaçados, vivem no mundo mais de 30 milhões de curdos. Fontes curdas calculam este número em até 45 milhões. A grande maioria concentra-se na Turquia, mas também há curdos no Irã, no Iraque e na Síria.

Desde a prisão do fundador do PKK, Abdullah Öcalan, e a pressão da União Européia sobre a Turquia para que observe os direitos humanos, a situação dos curdos naquele país melhorou. Mesmo assim, muitos ainda se queixam de discriminação, repressão e violência.

PKK luta por autonomia na Turquia

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foi fundado em 1978 na Turquia e começou sua luta de guerrilha em 1984. A organização reivindica uma região curda autônoma no sudeste da Turquia, onde vivem cerca de 12 milhões de curdos. Ancara vê nisso uma lesão à integridade estatal e rejeita negociações diretas com o PKK.

Flagge der linksnationalistischen Arbeiterpartei Kurdistans, PKK gleich Partia Karkaren Kurdistan
Bandeira do PKKFoto: AP

A União Européia e os Estados Unidos consideram o partido uma organização terrorista. Cálculos independentes estimam em 5 a 6 mil o número de seus combatentes armados. Nos anos 1990, ainda eram 10 mil homens. A principal base do PKK é a região curda no norte do Iraque. Desde o início dos conflitos armados, em 1984, já morreram 40 mil pessoas.

No início dos anos 1990, o PKK foi responsabilizado por vários seqüestros, sendo que todos os reféns foram soltos. Também atentados a bomba em áreas turísticas na Turquia são atribuídos ao PKK.

O fundador do PKK e seu presidente durante muitos anos, Abdullah Öcalan, foi preso no Quênia em 15 de fevereiro de 1999 e condenado à morte na Turquia. Em 2002, a sentença foi comutada em prisão perpétua.

O PKK na Alemanha
Deutschland Türkei Kurden Demonstration in Berlin PKK
Manifestação em Berlim com imagem de Öcalan, em novembro de 2007Foto: AP

Nos anos 1980 e no começo dos 1990, vários assassinatos de ex-membros do PKK e ataques incendiários contra estabelecimentos comerciais turcos na Alemanha foram atribuídos ao PKK.

Em 1993, o partido foi proibido na Alemanha e em 1998 ele passou a ser considerado uma organização criminosa, e não mais terrorista.

Segundo o Ministério alemão do Interior, desde a prisão de Öcalan, o PKK vem concentrando esforços para ser reconhecido como força política. Seus membros teriam sido instruídos a agir, fora da Turquia, apenas com meios democráticos.

O ministério calcula que na Alemanha residam cerca de 11.500 membros ativos do PKK e 50 mil simpatizantes.