Um grupo de 11 senadores republicanos anunciou neste sábado (02/01) que pretende se opor à certificação do resultado das eleições nos Estados Unidos pelo Congresso do país. Na prática, o movimento tem caráter simbólico, podendo atrasar a decisão da confirmação da vitória de Joe Biden, mas sem força suficiente para impedir a certificação.
Até sábado, apenas um senador, Josh Hawley, havia expressado sua intenção de questionar formalmente a vitória do democrata, um ato raro, que deve expor as tensões internas dentro do Partido Republicano, dividido entre políticos ainda leais a Donald Trump e outros que já desistiram de apoiar as tentativas sem nenhuma base legal do presidente para reverter os resultados eleitorais.
"O Congresso deve nomear imediatamente uma comissão eleitoral, com autoridade total para investigar" possíveis "fraudes eleitorais", disseram sete senadores em exercício e quatro senadores recém-eleitos em um comunicado.
Essa comissão "fará uma auditoria emergencial de 10 dias sobre os resultados nos estados", aponta o grupo. Sem essa auditoria, "votaremos em 6 de janeiro para rejeitar os eleitores dos estados disputados", acrescentaram os senadores.
O documento, porém, não lista nenhuma evidência de fraude nas eleições para impedir a certificação. Há dois meses Trump vem afirmando, sem apresentar provas, que foi vítima de fraude nas eleições. Sem evidências para sustentar suas alegações, ele vem acumulando derrotas em tribunais.
A nova iniciativa dos senadores vem sendo considerada por analistas políticos como mais uma forma de manter a base de Trump agitada pelos próximos anos e manter a imagem da legenda como o "partido de Trump". Entre os senadores que lideram a iniciativa está Ted Cruz, representante do Texas, que tem pretensões presidenciais. Nas primárias republicanas de 2016, ele foi um dos adversários de Trump. Ironicamente, à época Trump acusou o senador de fraude eleitoral, na esteira de uma derrota nas primárias do estado de Iowa.
Nos Estados Unidos, o presidente é eleito por sufrágio universal indireto. O Colégio Eleitoral, que funciona como intermediário, ratificou a vitória de Biden em 14 de dezembro, com 306 votos contra 232 de Trump.
A Câmara dos Deputados e o Senado se reunirão na quarta-feira para certificar esses resultados, procedimento que costuma ser mera formalidade. Mas o presidente que está deixando o cargo ainda se recusa a reconhecer sua derrota e pediu a seus apoiadores que se manifestassem em Washington neste dia.
Na Câmara dos Deputados (Baixa), com maioria democrata, mais de uma centena de republicanos pretendem votar contra a certificação, segundo a CNN. Mas em nenhuma das casas haverá votos suficientes para que a estratégia seja bem-sucedida.
"Não somos ingênuos. Sabemos que a maioria, senão todos os democratas, e talvez alguns republicanos, votarão de outra forma", reconheceram os 11 senadores em seu comunicado.
Na sexta-feira, outra tentativa de impedir a posse de Biden também falhou. Na ocasião, um juiz federal dos EUA rejeitou uma ação que pressionava o atual vice-presidente americano, Mike Pence, a anular os resultados do pleito que elegeu Joe Biden para a Casa Branca. O pedido da anulação havia sido apresentado no dia anterior por legisladores republicanos liderados pelo deputado Louie Gohmer, do Texas. Eles pretendiam usar a favor de Trump o fato de que Pence, como vice-presidente do país, acumula o cargo de presidente do Senado e, portanto, tem a função de abrir os envelopes e computar os votos do colégio eleitoral na próxima semana.
No entanto, a ação foi rejeitada a pedido do próprio Pence, num sinal de distanciamento entre o vice e o presidente em final de mandato. Após Pence pedir a anulação, Lin Wood, um advogado pró-Trump que tem liderado esforços para reverter o resultado do pleito, chamou o vice de "traidor" e sugeriu que ele deveria ser "fuzilado", em mais um exemplo da histeria que tomou conta do campo trumpista.
JPS/afp/rt/ots
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