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Remoção do Costa Concordia em fase decisiva

14 de julho de 2014

Dois anos e meio após acidente que deixou 32 mortos em janeiro de 2012, cruzeiro italiano volta a flutuar. Custo da ecologicament4e arriscada operação de resgate pode chegar a 1,5 bilhão de euros.

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Foto: picture-alliance/dpa

Como parte da operação de resgate e remoção, o navio de cruzeiros Costa Concordia voltou a flutuar nesta segunda-feira (14/07), 30 meses após ter naufragado próximo à ilha italiana de Giglio, deixando 32 mortos. Na complexa operação, a embarcação de 114.500 toneladas foi erguida cerca de dois metros acima da plataforma artificial onde repousava desde setembro, quando havia sido arrastada para a posição vertical.

"O navio está flutuando e está bem equilibrado. Estamos muito satisfeitos até o momento", assegurou o engenheiro-chefe do projeto, Franco Porcellacchia. A elevação do transatlântico de luxo, duas vezes maior que o Titanic, deverá se prolongar por até dois dias. Segue-se uma segunda fase, de quatro a cinco dias, com o objetivo de estabilizá-lo. Em seguida, ele deverá ser conduzido até o porto de Gênova para demolição.

A principal etapa acontecerá entre quinta-feira e sábado, quando ar será bombeado dentro dos tanques para erguer o navio. A costa da região da Toscana, local do acidente, é um dos maiores santuários marinhos da Europa. Ambientalistas temem o derramamento de lixo tóxico ou combustível no mar quando a embarcação for removida. “É uma operação sem precedentes e, como qualquer coisa sendo feita pela primeira vez, apresenta riscos. Mas estamos confiantes”, disse Porcellacchia.

O custo da operação já ultrapassou 1 bilhão de euros, não incluídos o processo de desencalhe, o reboque até Genova nem a demolição do navio. "Acredito que vamos chegar aos 1,5 bilhão de euros quando tudo estiver terminado", disse Michael Thamm, chefe-executivo da companhia de navegação italiana Costa Crociere.

O Costa Concordia naufragou em 13 de janeiro de 2012, após chocar-se violentamente contra um rochedo. A bordo estavam mais de 4 mil pessoas, de 70 nacionalidades diferentes. Seu comandante, o italiano Francesco Schettino, responde por homicídio culposo, imprudência, naufrágio e abandono do navio. Sobre outros membros da tripulação pesam acusações menos duras.

IP/ap/afp/lusa