Rügen, uma ilha alemã que vale a pena conhecer

Rochedos calcários de 160 metros de altura fazem parte do Parque Nacional Jasmund, criado em 1990. Acima das falésias, uma trilha para caminhadas proporciona uma vista sensacional. No século 19, quando passava a lua-de-mel na ilha, o pintor Caspar David Friedrich ficou tão fascinado com a paisagem de falésias, que pintou este quadro, hoje famoso em todo o mundo.

Os bosques de faia são as últimas florestas primitivas da Europa, e a mata de Rügen foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial em 2011. Uma trilha suspensa em espiral, de 1.250 metros de extensão, leva o visitante às copas das árvores. O ponto alto é a vista a 40 metros de altura. Com sorte, podem-se avistar até águias-marinhas.

As mansões brancas na cidade balneárea de Binz são o símbolo da Bäderarchitektur, a arquitetura balneária típica do litoral no Mar Báltico. As casas de Binz, construídas no início do século 19, têm torres e varandas, com fachadas ricamente ornamentadas.

A ponte marítima de Sellin é outro símbolo da típica arquitetura balneária do norte alemão. Em seu primeiro terço há um prédio com três restaurantes, depois ela segue quase 400 metros mar adentro. A atual ponte, construída nos anos 1990, é uma réplica da anterior, de 1906, destruída por fogo e intempéries.

Cabo Arkona, um penhasco na ponta norte da ilha, tem dois faróis. O mais antigo (à esq.), de 1828, hoje abriga um museu e um cartório de registro civil. O farol mais alto, de 1902, ainda está em funcionamento. Para chegar às plataformas de observação é preciso subir 86 ou 175 degraus, respectivamente.

Ao sul de Cabo Arkona fica Vitt, uma vila muitas vezes descrita como o local mais romântico de Rügen. A localidade, com suas 13 casas de telhado de palha, foi tombada como patrimônio histórico, estando proibido o trânsito de automóveis. Possivelmente o local era habitado por pescadores já desde o século 10º.

A costa oeste de Rügen é dominada por um complexo de prédios de 4,5 km de comprimento conhecido como "Colosso de Prora". Ele foi concebido pelo regime nazista como uma colônia de férias com acomodações para 20 mil pessoas. A 2ª Guerra Mundial impediu sua conclusão. Mais tarde a Alemanha Oriental o usou como quartel para militares. Hoje sua localização junto à praia atrai investidores.

A cidade de Putbus, fundada em 1810, serviu de residência para o príncipe Wilhelm Malte de Putbus. O centro histórico, denominado Circus, é uma maravilha arquitetônica. A praça central é circular, com um obelisco no centro, de onde partem oito alamedas. Em torno da praça há vários prédios brancos em estilo neoclássico.

Esta joia fica num bosque de faias que parece encantado. Ela foi construída há 170 anos no estilo dos castelos renascentistas do norte da Itália, com torres nos quatro cantos e uma central. O castelo Granitz, originalmente de caça, hoje é um museu. As principais peças do acervo são antigas armas de caça e mobiliário do século 19. Da torre central tem-se uma vista panorâmica de toda a ilha.

Rügen é um importante lugar de descanso na rota dos grous que fogem do inverno europeu. Em agosto chegam os primeiros pares com seus filhotes, e até o fim de outubro a população cresce até 70 mil aves. Lá os grous se abastecem de alimento para a longa jornada até o sul da Europa e a África. Há locais especiais para observação, passeios guiados e até cabines de aluguel de onde se pode fotografar.