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Quartas viram 'torneio vip' e Brasil faz teste real com algoz de 98

Gabriel Fortes28 de junho de 2006

Campeões mundiais protagonizam momento inédito na história das Copas do Mundo, onde brasileiros, finalmente, devem ter adversário à altura das expectativas criadas antes do torneio.

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Em casa, Alemanha busca o tetraFoto: AP

A Suíça engatilhou uma arrancada que surpreenderia a muitos na Copa do Mundo. Gana, Austrália e Equador, também. Mas nos primeiros momentos decisivos, até a última terça-feira (27/6), o que se viu foi a confirmação do favoritismo das grandes potências do futebol mundial.

WM 2006 - Argentinien - Serbien-Montenegro
Tri é meta argentinaFoto: picture-alliance/ dpa

Mais. O avanço de campeões mundiais às quartas-de-final, que trazem em suas esteiras Portugal e Ucrânia, faz da terceira fase da Copa, pela primeira vez, um minitorneio "vip", que conta com seis seleções que já levantaram a taça.

A história dos Mundiais de futebol passou a contar com seis campões distintos em 1978, quando a Argentina venceu a competição disputada em seu país. E, desde então, jamais reuniu nesta fase do mata-mata a meca do esporte.

Englische Fans am Jubeln WM 2006 Stuttgart Bilder des Tages 25.06.2006
Bi é sonho inglêsFoto: AP

São 15 títulos em campo com as presenças de ingleses, italianos, franceses, brasileiros e alemães, além de argentinos. O Uruguai, que não se classificou para o evento, e bicampeão em 1930 e 1950, é a exceção.

Clássicos

Dois dos quatro jogos das quartas-de-final são aguardados com ansiedade por críticos, torcedores e jogadores. E ambos terão como palco dois dos mais importantes estádios do país, o Olímpico de Berlim e o belo de Frankfurt.

Marcello Lippi Italien Coach Porträt WM 2006 Fußball
Italiano Lippi quer o tetraFoto: AP

Alemanha e Argentina reeditam na capital, nesta sexta-feira, a decisão da Copa do Mundo de 1990, na Itália, que rendeu o terceiro título da galeria alemã. E Brasil e França, em Frankfurt, no sábado, entram em campo lembrando a final de 1998, quando os franceses levantaram o troféu em Paris.

"Não vejo como uma revanche. Aqui não tem nada disso. Será mais uma partida decisiva, como foi contra Gana", comentou Carlos Alberto Parreira.

Fußball-Nationalmannschaft Frankreich, Fußball, WM 2006
França quer o bi: revanche?Foto: picture-alliance/dpa

Este, definitivamente, é o primeiro grande teste do Mundial para a seleção brasileira. "Vamos ver se o time faz uma apresentação digna do que se esperava desde o começo da competição ou se fica pelo meio do caminho. Este é o jogo da Copa para o Brasil", apontou Giovane Élber, ex-atacante do Bayern de Munique e maior artilheiro estrangeiro da história do futebol alemão, com 133 gols.

De fato. Este é "o jogo" para a trupe de Ronaldo, Parreira e cia. O futebol brasileiro ainda não brilhou nos gramados alemães, e Ronaldinho Gaúcho, o maior astro deste esporte, até o momento esteve escondido sob as sombras das marcações pífias de croatas, australianos, japoneses e ganenses.

WM 2006 - Brasilien - Training
E o hexa, vem?Foto: AP

"Mas o que fica na história é quem é campeão. Não quem joga bonito. Dar show em Copa do Mundo é ganhar", acostumou-se a dizer o treinador brasileiro durante as suas entrevistas no torneio.

Resta questionar o técnico brasileiro a respeito das lembranças da torcida verde-amarela: qual time está mais presente na memória popular entre o de 1982, que jogou "à brasileira" e foi desclassificado, ou o de 1994, que ganhou na base do "futebol feio" comandado por Parreira?