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Quais países da UE estão abertos para turistas?

Rosie Birchard
8 de junho de 2021

Com o verão europeu se aproximando e as taxas de vacinação em vários países aumentando, algumas nações da União Europeia estão abrindo suas fronteiras mais rapidamente aos turistas do que outras.

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Turistas visitam a ilha de Creta, na Grécia
Turistas visitam a ilha de Creta, na GréciaFoto: Louisa Gouliamaki/AFP/Getty Images

À medida que as taxas de vacinação dos países aumentam e o verão europeu se aproxima, os turistas que já foram imunizados contra a covid-19 tentam fazer planos para passar as férias na Europa durante a estação mais quente do ano.

O novo certificado digital de vacinação da União Europeia deverá entrar em vigor a partir de 1º de julho para facilitar as viagens dentro da Europa, e os países-membros concordaram recentemente em permitir a entrada de turistas totalmente vacinados de fora do bloco. Mas, por enquanto, a realidade ainda é um emaranhado de restrições, com os Estados-membros aplicando políticas diferentes e de maneiras diversas.

Com a situação variando de país a país, a DW fez um resumo de algumas regras – e exceções – em vigor para viajantes vacinados em toda a União Europeia.

França

A França, o destino número um do mundo para turistas internacionais, reabre para turistas totalmente vacinados de alguns países a partir de 9 de junho. Sob as novas regras, os vacinados que viajam da UE e dos países que estão na lista "verde" da França, incluindo Coreia do Sul, Japão e Israel, não precisam fazer testes de covid-19 para entrar no país. Já os viajantes não vacinados dessas regiões podem entrar com um teste negativo de covid-19.

Enquanto isso, os turistas vacinados de nações que estão na lista "laranja" da França, que inclui os EUA, o Reino Unido e a maioria dos países da África e da Ásia, não precisarão mais de um motivo essencial para viajar. Esses visitantes ficarão isentos de quarentena, mas ainda assim deverão apresentar um teste de covid-19 negativo.

Torre Eiffel, em Paris, em foto tirada em 2006
A França reabre para alguns nacionais totalmente vacinados a partir de 9 de junhoFoto: picture-alliance/dpa/F. Gierth

A França reconhece todas as vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e considera os viajantes totalmente vacinados duas semanas após a segunda dose dos imunizantes Pfizer-Biontech, Moderna ou AstraZeneca, e quatro semanas após a dose única da Johnson&Johnson.

As pessoas não vacinadas dessas regiões só terão permissão para entrar na França por motivos essenciais, como comparecimento a um funeral ou atendimento médico urgente. O mesmo vale para turistas de países da lista "vermelha" da França, que inclui Brasil, África do Sul, Bangladesh, Chile e Colômbia. Todos aqueles que chegam de "zonas vermelhas" devem fazer quarentena por pelo menos sete dias – mesmo que tenham sido vacinados.

Mais informações sobre viagens à França estão disponíveis no site do Ministério das Relações Exteriores da França.

Espanha

A Espanha abriu suas fronteiras para viajantes vacinados de muitos países ao redor do mundo em 7 de junho. As pessoas que entram na Espanha vindas de áreas consideradas de "risco" – incluindo muitos membros da UE e a maioria dos outros países do mundo – podem evitar a quarentena ao comprovar que foram totalmente vacinados com um imunizante aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo menos 14 dias antes da chegada, prova de recuperação da infecção por covid-19 ou um teste negativo.

A regra não vale, porém, para visitantes vindos do Brasil, que seguirão impedidos de entrar no país devido à alta incidência de variantes do coronavírus consideradas preocupantes.

A Espanha surpreendeu ao permitir que turistas do Reino Unido entrem livremente no país, independentemente se foram vacinados ou não. Entretanto, a maioria dos cidadãos da UE deve apresentar uma prova de imunidade ou um teste de covid-19.

O site TravelSafe, da Espanha, oferece mais informações sobre viagens ao país.

A Grécia aceita inclusive algumas vacinas que não foram aprovadas pela UE
A Grécia aceita inclusive algumas vacinas que não foram aprovadas pela UEFoto: Thanassis Stavrakis/AP Photo/picture alliance

Grécia

A Grécia está aberta a turistas de cerca de 50 países, incluindo todos os Estados da UE, EUA, Canadá Rússia e China. Para entrar na Grécia,os viajantes devem ter um certificado de vacinação, um teste PCR negativo ou prova de recuperação da covid-19. O governo grego aceita as seguintes vacinas: Pfizer-Biontech, Moderna, AstraZeneca, Novavax, Johnson&Johnson, Sinovac, Sputnik V, Casino Biologics e Sinopharm.

As autoridades gregas consideram as pessoas totalmente vacinadas 14 dias após a administração da última dose e todos os viajantes ainda podem ser submetidos a testes rápidos aleatórios no aeroporto. O turista deve preencher um formulário de localização de passageiro pelo menos 24 horas antes da chegada.

Mais informações sobre viagens à Grécia estão disponíveis no site Visit Greece.

Chipre

Em 25 de maio, Chipre  anunciou que estavaabrindo suas fronteiras para turistas de dezenas de países, incluindo todos os estados da UE e do Espaço Econômico Europeu, Canadá, Egito, Sérvia, Reino Unido e EUA. O país dividiu as nações em grupos usando as cores do semáforo, e os turistas de países das categorias "laranja" ou "vermelha" estão sujeitos a regras especiais.

No entanto, os passageiros totalmente vacinados com certificados de vacinação válidos estão totalmente isentos, independentemente do país de origem. Chipre aceita todas as vacinas aprovadas para uso na UE, bem como os imunizantes Sputnik V e Sinopharm.

Ao contrário de muitos outros países, Chipre considera os passageiros "totalmente vacinados" assim que recebem a última dose da vacina de covid-19, embora se aplique um atraso de duas semanas para aqueles que recebem a vacina única da Johnson&Johnson. Todos os viajantes devem solicitar um "Cyprus Flight Pass" antes de viajar para o Chipre.

Viajantes do Brasil devem ficar em quarentena na Croácia, mesmo se tenham sido vacinados
Viajantes do Brasil devem ficar em quarentena na Croácia, mesmo se tenham sido vacinadosFoto: Dragoslav Dedović/DW

Croácia

Os passageiros que chegam dos países da UE classificados como laranja, vermelho ou vermelho escuro no mapa da covid-19 do Centro Europeu de Controle de Doenças podem viajar para a Croácia se apresentarem um certificado de vacinação de uma vacina aprovada pela UE ou a Sputnik V. Mas atenção: o país estipulou prazos diferentes – de acordo com o fabricante e o número de doses da vacina administrada – para o turista poder entrar na Croácia após ter sido imunizado.

Como alternativas, a Croácia também aceita prova de recuperação da covid-19 ou um teste negativo recente, e não há nenhuma restrição para viajantes que chegam de países dos quais a UE recomenda o levantamento de proibições de viagens não essenciais. Os turistas de fora da UE também podem entrar mais ou menos nos mesmos termos, desde que tenham a confirmação de acomodação paga na Croácia. No entanto, os viajantes da África do Sul, Brasil e Índia devem ficar em quarentena, independentemente do status de vacinação.

Mais informações sobre viagens à Croácia podem ser encontradas no site de turismo da Croácia.

Madeira (não se refere a Portugal continental)

Não existem requisitos de quarentena ou exigência de testes para os turistas que chegam à ilha da Madeira. O site "Madeira - Segura para descobrir" afirma que todos os documentos oficiais de vacinação são aceitos. O certificado de vacinação deve ser em inglês e emitido pelas autoridades dos países dos visitantes e deve incluir informações pessoais do viajante, bem como o tipo de vacina e quando as doses foram administradas. A prova de recuperação também dá direito a uma isenção de exigências de testes. Outros visitantes devem mostrar testes, embora a ilha de Madeira ofereça um teste PCR gratuito por visitante. Regras diferentes se aplicam a Portugal continental, onde a maioria dos viajantes deve ter um teste de covid-19 negativo para entrar, independentemente do estado de vacinação.

Alemanha e outros países

A maioria das viagens para a Alemanha vindas de fora da UE e do Espaço Schengen ainda se limita apenas a viagens essenciais. No entanto, a Alemanha começou a aceitar certificados de vacinação de covid-19 em certos casos em que a viagem é permitida. Passageiros que chegam de avião geralmente devem fazer o teste antes de embarcar em seu país de origem, já os vacinados estão isentos dos testes.

Como regra, os viajantes que passaram algum tempo em países que a Alemanha classificou "área de risco" devem fazer quarentena, porém, o período de isolamento pode ser evitado ou "terminado prematuramente" se o certificado de vacinação for apresentado no portal de turismo da Alemanha, segundo informações do Instituto Robert Koch. Todas as vacinas aprovadas pela UE são aceitas.

Passageiros que estiveram em um país que a Alemanha classificou como uma "área de variante" – como o Reino Unido, Botswana, Nepal ou Moçambique em 4 de junho – não podem deixar a quarentena mais cedo, mesmo que estejam vacinados.

Mais informações sobre viagens à Alemanha estão disponíveis no site do Ministério Federal do Interior, Construção e Comunidade.

O novo certificado digital de vacinação da UE deverá entrar em vigor a partir de 1º de julho
O novo certificado digital de vacinação da UE deverá entrar em vigor a partir de 1º de julhoFoto: Alain Rouland/EP

Outros países da UE, incluindo Dinamarca,Eslovênia,Letônia,Estônia,Áustria,Polônia e Lituânia, estão adotando orientações semelhantes da Alemanha por enquanto: manter restrições à maioria das viagens não essenciais de turistas de fora da UE, ao mesmo tempo em que dispensa algumas exigências de teste e quarentena para pessoas vacinadas.

Alguns países da UE também têm acordos bilaterais para reconhecer mutuamente os certificados nacionais de vacinação. Por exemplo, a Hungria dispensa as restrições de entrada para viajantes vacinados de países como Turquia, Eslovênia e Sérvia.

O site "Reabrir a UE", da União Europeia, fornece informações atualizadas sobre as regras e restrições de viagens em todos os 27 países-membros.