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Putin autorizou ações pró-Trump na eleição, afirma relatório

17 de março de 2021

Rússia tentou influenciar pleito presidencial de 2020 por meio da difusão de alegações infundadas sobre Biden, diz relatório, que também aponta esforços do Irã para prejudicar candidatura de Trump.

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Donald Trump e Vladimir Putin em Helsinki, em 2018
Relatório indica que Trump era o candidato favorito de PutinFoto: Leonhard Foeger/REUTERS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou ações para interferir na eleição presidencial de novembro de 2020 nos Estados Unidos, afirma um relatório dos serviços secretos americanos divulgado nesta terça-feira (16/03).

A ingerência se deu por meio da difusão de alegações enganosas e infundadas sobre o candidato democrata à presidência, Joe Biden, numa tentativa de favorecer a candidatura do então presidente Donald Trump, que concorria à reeleição.

O Kremlin respondeu que as acusações não têm fundamento e que o relatório não oferece fatos nem provas. Funcionários do governo americano disseram, sob anonimato, que o governo dos EUA deverá impor novas sanções à Rússia por causa das ações.

Biden afirmou que Putin enfrentará consequências por suas ações. "Ele pagará um preço", afirmou o presidente americano em entrevista transmitida pela emissora ABC News nesta quarta, sem especificar quais seriam as medidas.

Segundo o relatório, pessoas ligadas à Rússia espalharam as alegações contra Biden e tentaram assim influenciar aliados de Trump. O documento não menciona nomes, mas é sabido que o advogado Rudy Giuliani, um aliado de longa data de Trump, encontrou-se várias vezes com o parlamentar ucraniano Andrii Derkach, que em 2020 divulgou gravações editadas para tentar prejudicar Biden.

Pessoas ligadas aos serviços secretos russos também espalharam histórias contra Biden na imprensa americana, afirma o relatório.

Porém, desta vez hackers russos não tentaram insistentemente entrar na infraestrutura eleitoral, por exemplo na contagem de votos.

Irã também tentou interferir

Já o Irã lançou uma campanha para tentar enfraquecer a candidatura de Trump, afirma o mesmo relatório. Os agentes americanos acreditam que as ações foram aprovadas pelo Líder Supremo, aiatolá Ali Khamenei.

A China, ao contrário, optou por não tentar interferir porque prefere estabilizar a relação que tem com os Estados Unidos e avaliou que, qualquer que fosse o resultado, ele não seria vantajoso o suficiente para que uma interferência valesse a pena, afirma o documento.

O relatório também conclui que nenhum governo estrangeiro foi bem-sucedido nas tentativas de influenciar o resultado da eleição presidencial.

as/lf (Lusa, AP, Reuters)